19/10/2021 às 09h19min - Atualizada em 19/10/2021 às 09h19min

Uso de aspirina deve ser reduzido, diz painel de cientistas dos EUA

Painel também planeja recuar de sua recomendação de receitar aspirina infantil para a prevenção do câncer colorretal

AB NOTICIAS NEWS
The New York Times
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Os médicos não devem mais iniciar sistematicamente a maioria das pessoas com alto risco de doenças cardíacas em um regime diário de baixas doses de aspirina, de acordo com o novo esboço de diretrizes de um painel de especialistas dos Estados Unidos.

A recomendação proposta se baseia em evidências crescentes de que o risco de efeitos colaterais graves supera em muito o benefício daquilo que já foi considerado uma arma incrivelmente barata na luta contra as doenças cardíacas.

O painel também planeja recuar de sua recomendação de receitar aspirina infantil para a prevenção do câncer colorretal, orientação que foi inovadora na época, em 2016. O painel disse que dados mais recentes levantaram questionamentos sobre os benefícios para o câncer e que mais pesquisas são necessárias.

Sobre o uso de aspirina infantil ou de baixas dosagens de aspirina, a recomendação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos se aplicaria a pessoas com menos de 60 anos que apresentam alto risco de doença cardíaca e para as quais um regime diário de analgésico leve podia ser uma ferramenta para prevenir um primeiro derrame ou ataque cardíaco. As diretrizes propostas não se aplicariam àquelas pessoas que já tomam aspirina ou que já sofreram ataque cardíaco.

A força-tarefa também deseja desencorajar fortemente qualquer pessoa com 60 anos ou mais de iniciar um regime de baixa dosagem de aspirina, citando preocupações sobre o risco elevado de sangramento fatal para pessoas dessa faixa etária. O painel havia recomendado anteriormente que pessoas na casa dos 60 anos com alto risco de doenças cardiovasculares consultassem seus médicos para tomar uma decisão. Consideram-se baixas as dosagens de 81 a 100 miligramas.

As propostas da força-tarefa acompanham anos de mudanças nos conselhos de várias agências federais e organizações médicas importantes, algumas das quais já haviam recomendado a limitação do uso de aspirina em baixas doses como ferramenta preventiva contra derrames e doenças cardíacas. A aspirina inibe a formação de coágulos sanguíneos que podem bloquear as artérias, mas estudos levantaram preocupações de que a ingestão regular aumenta o risco de sangramento, especialmente no trato digestivo e no cérebro, perigos que aumentam com a idade. As pessoas que já estão tomando aspirina infantil devem conversar com seu médico.
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