14/10/2021 às 15h56min - Atualizada em 14/10/2021 às 18h10min

Cineasta paulistano Mauro Amar lança Introdução ao Sueco, obra autobiográfica

Longa-metragem mostra momentos que considerava felizes do seu próprio cotidiano, registrados ao longo de sete anos

SALA DA NOTÍCIA Alisson Schafascheck

Introdução ao Sueco é uma obra autobiográfica com estética documental que transita entre fatos reais e ficcionais. O diretor e personagem principal Mauro Amar documenta cenas do cotidiano ao longo de sete anos e convida o espectador a participar de sua vida: o Bar Mitzvah do filho, o encontro com amigos e família ou até uma simples corrida pela manhã antes do trabalho se juntam a situações vindas de um outro espaço e tempo como as aulas de sueco, viagens e ensaios de sua banda. Ao criar um amplo mapa de imagens que possibilita o espectador navegar pelas diversas situações que envolvem a criação do filme, o documentário se transforma em uma espécie de obra interativa, que poderá ser assistida nas plataformas digitais a partir de 14 de outubro.

Mauro Amar é um cineasta independente nascido em São Paulo. Começou no departamento de cinema da TV Cultura. Trabalha há 20 anos com publicidade, longas e séries, na função de supervisor de pós-produção. Codirigiu e escreveu quatro curtas metragens: Projeto de redenção, Missa dos escravos e Bagagem de mão (exibidos no festival de cinema de Jerusalém), e Sozinho, além de dirigir vários vídeos de música para as bandas Pin Ups, Againe, Los Pirata, Lava e Space Invaders. Dirigiu e escreveu o longa-metragem de ficção Estranho e está lançando seu primeiro documentário em longa-metragem, Introdução ao Sueco.

 

Conversa com o diretor 

Você filmou ao longo de sete anos. Você pensou em desistir ao longo desse período?

Nunca pensei em desistir, muito pelo contrário, queria continuar filmando, mas um dia um amigo me disse que hora de parar, que eu tinha que colocar um ponto final, decidir qual seria o último dia de filmagem e começar a montar.

Houve algum momento que você considerou importante e que você vivenciou, mas que não conseguiu captar?

Queria ter filmado as aulas de dança folclórica da minha filha, mas ela desistiu da dança antes que eu pudesse filmar. Queria ter filmado uma outra mesa de bar com amigos. (Fica para o próximo)

 O filme todo é permeado pelo “fazer cinematográfico”. A todo momento vemos ajustes da câmera, a narração. Estamos sempre dentro e fora da experiência. Como é a sua relação com o cinema e com esse fazer cinema?

Começou como uma coisa engraçada, mas depois o montador incorporou essas imperfeições como sendo coisas que acontecem no nosso cotidiano e que deveríamos deixar as imperfeições do dia a dia da filmagem no filme. Trabalhei alguns anos em publicidade, em grandes produções, aprendi a fazer filmes com bem pouco, bem simples.

Quais são suas principais referências cinematográficas para compor a obra?

Caro Diário (1993), de Nanni Moretti.

 

Introdução ao Sueco

Exibição a partir de 14 de outubro, nas plataformas: YouTube Filmes, Google Play, iTunes, Apple TV, Now, Looke, XBPIX

Ficha Técnica

Brasil / Documentário / 95 min. / Cor / 2021

Direção: Mauro AmarRoteiro: Mauro Amar; Luiz Karam (colab.)
Produtor: Mauro Amar
Fotografia: Raul Carielo, Sergio Jacobina, João Carneiro
Colorista: Ely Silva, abc
Montador: Rodrigo Sobrero
Som: Amplimix
Música: Ando Ehlers, Lilium, Psoy Korolenko and Oy Division, Freeborn Brothers
Colaboração: Sérgio Jacobina, Porkão Kincey, Maria João B Kincey, Braulio Vidile, Ian Amar, Amanda Wahlstrom Plantin, David RingBack, Daniel Grabarz e Roni Grabarz
Pós-produção de Imagem: Dot Cine

Sinopse: Com o desejo de documentar as várias nuances da vida cotidiana, o diretor e personagem central, filmou seu dia a dia ao longo de sete anos. Mas, durante a produção sentiu a necessidade de encontrar uma nova narração para o seu cotidiano.

 


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