27/09/2021 às 18h46min - Atualizada em 27/09/2021 às 18h46min

Homem que tentou matar Reagan ficará livre sem restrições em 2022

AB NOTICIAS NEWS

Agência EFE

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John W. Hinckley Jr., o homem que em 1981 tentou matar o então presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, será solto sem restrições em junho de 2022, conforme um acordo obtido por seus advogados e promotores e aceito por um juiz federal do distrito de Columbia.

O juiz Paul L. Friedman confirmou em uma audiência que suspenderá nessa data as duras restrições impostas a Hinckley em julho de 2016, após ele ser liberado do hospital psiquiátrico onde estava internado.

"Se ele não tivesse tentado assassinar o presidente, eu o teria liberado incondicionalmente há muito, muito tempo", declarou Friedman sobre Hinckley, que em 30 de março de 1981, quando tinha 25 anos, abriu fogo contra Reagan do lado de fora do Washington Hilton Hotel. O então governante saía do local depois de ter feito um discurso.

Em julho de 2016, Hinckley deixou o hospital psiquiátrico depois que foi determinado que ele não era representava perigo algum a terceiros, nem a si mesmo. Desde então, ele vivia em Williamsburg, no estado da Virgínia e a cerca de 250 quilômetros de Washington, com sua mãe, Jo Ann Hinckley, que morreu em 30 de julho deste ano.

Quando foi permitida a saída do hospital, o juiz ordenou que Hinckley estivesse sujeito a condições rigorosas que incluíam viajar a Washington uma vez por mês para tratamento psiquiátrico. Ele também estava proibido de possuir armas ou drogas e de fazer contato com as famílias de suas vítimas.

Além disso, foram impostas restrições a deslocamentos e uso da internet pelo condenado, embora no ano passado ele tenha obtido autorização judicial para transmitir música online em uma conta em seu nome. Sob os termos do acordo, o homem de 66 anos deve passar por um período final de observação de nove meses.

A procuradora-auxiliar Kacie Weston indicou que o governo aceita o acordo se Hinckley mantiver sua conduta de agora até junho de 2022. "Neste momento a bola está na quadra de Hinckley", afirmou a procuradora.

No atentado de 1981, Hinckley feriu seriamente Reagan, que se recuperou após ter sido atingido perto do coração. Ele também feriu o secretário de imprensa do então presidente, James Brady, o agente do Serviço Secreto Tim McCarthy, que correu para proteger o chefe de Estado, e o oficial de polícia Thomas Delahanty.

Hinckley confessou ter tentado assassinar o presidente para atrair a atenção da atriz Jodie Foster e foi considerado inocente em junho de 1982 devido a sua desordem mental.

Ronald Reagan morreu em 2004, aos 90 anos de idade. Seus filhos, Ron Reagan Jr. e Patti Reagan Davis, sempre se opuseram à liberação de Hinckley.