Morreu no sábado (27) o artista cinético venezuelano Carlos Cruz-Díez, em Paris, aos 95 anos. O anúncio da morte foi feito em seu site oficial neste domingo (28).
"O Mestre Carlos Cruz-Díez, um dos máximos expoentes da arte cinética em nível mundial, faleceu em Paris, França, neste sábado, 27 de julho, por causas naturais, aos 95 anos de idade, cercado de sua família", diz a nota divulgada online.
Cruz-Díez era considerado o maior artista cinético ainda vivo. O "cinetismo" foi um movimento das artes plásticas que nasceu na década de 1950, na França. Os artistas usam efeitos visuais em suas obras, criando ilusões de ótica e sensação de movimento, por meio de jogos de posicionamento, geometria e cores, por exemplo.
O cinetismo rompeu com a tradição de que as pinturas eram uma situação "estática", pois suas obras se apresentavam como um objeto móvel. Para os cinéticos, não bastava representar o movimento por meio da arte, mas apresentar a própria obra arte em movimento.
O artista nasceu em Caracas, em 17 de agosto de 1923.
"A França expressa sua profunda emoção, após o falecimento de Carlos Cruz-Díez. Precursor do cinetismo, visionário das cores e de seus jogos com os materiais, Carlos Cruz-Díez foi um venezuelano universal, cujas obras fazem parte da paisagem urbanística de muitas cidades", tuitou o embaixador da França na Venezuela, Romain Nadal.
O discurso plástico de Cruz-Díez "gravita o fenômeno cromático concebido como uma realidade autônoma que evolui no espaço e no tempo, sem ajuda da forma, ou do suporte, em um presente contínuo", diz a biografia compartilhada em seu site.