23/09/2021 às 16h11min - Atualizada em 23/09/2021 às 16h11min

Ex-guerrilheiro chileno extraditado pelo México desembarca em Santiago

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
O ex-guerrilheiro chileno Raúl Escobar Poblete, acusado pelo assassinato do senador de extrema-direita Jaime Guzmán, em 1991, foi extraditado pelo México e chegou à Santiago na madrugada desta quinta-feira.


"Isso obedece a tratados bilaterais do Chile com o México, e tanto o Ministério das Relações Exteriores, como o Poder Judiciário conseguiram, finalmente, sua extradição", afirmou o inspetor de polícia José Ortiz Sandoval.

Escobar Poblete, conhecido como "comandante Emilio", será colocado à disposição da justiça chilena de maneira temporária, para depois ser devolvido ao governo do México, onde cumpre sentença de 60 anos de prisão, por outros crimes.

Antes de pisar nos tribunais, o ex-guerrilheiro irá cumprir prisão preventiva em uma penitenciária de Santiago, para ser submetido a quarentena, dentro dos protocolos de combate à covid-19 vigentes no Chile.

O réu foi líder de uma célula do grupo de extrema-esquerda Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR), logo após a retomada da democracia no país sul-americano, com o fim da ditadura de Augusto Pinochet.

Ele foi acusado pelo assassinato de Guzmán, que era defensor do regime militar. O senador foi morto a tiros quando saía da instituição de ensino em que dava aula e morreu horas depois, em um hospital.

Escobar Poblete se escondeu no México durante 50 anos, utilizando identidades falsas, junto com outros companheiros do FPMR, até que, em maio de 2017, foi preso e condenado a 60 anos de prisão por um juiz local, pelo sequestro de uma cidadã franco-americana.

Logo após a divulgação da sentença, o governo do Chile fez o pedido da extradição, que foi concedida em 26 de novembro de 2018.

"É importante levar os assassinos de um senador à justiça em uma democracia". É bom para a confiança nas instituições, mesmo que esteja 30 anos atrasado", afirmou o subsecretário do Interior, Juan Francisco Galli.

Outro autor material do homicídio, segundo as autoridades chilenas, é Ricardo Palma Salamanca, que vive na França, após ter recebido asilo político pelo país europeu. Ele é considerado um dos mais procurados no Chile, após ter fugido da prisão, em um helicóptero, em 1996. 

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