22/09/2021 às 22h39min - Atualizada em 22/09/2021 às 22h39min

Uruguai denuncia na ONU "oferta deficitária" de vacinas contra Covid-19

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, denunciou nesta quarta-feira durante a Assembleia Geral das Nações Unidas um déficit e um fornecimento injusto de vacinas contra a Covid-19, o que fez com que os países as buscassem e as adquirissem por conta própria.

Na visão de Lacalle Pou, é importante falar de uma maneira clara sobre os problemas de acesso a imunizantes, já que o processo de vacinação é essencial para que cada uma das nações recupere a liberdade depois de mais de um ano e meio de pandemia.


"Houve uma corrida contra o tempo para desenvolver vacinas, foi feito a uma velocidade recorde. Não quero falar sobre patentes ou fórmulas, quero falar sobre acesso, e tem havido um déficit no fornecimento de vacinas, que não está sendo equitativo. Os países tiveram que sair e comprar cada um por conta própria", declarou o presidente do Uruguai.

Em seu discurso, Lacalle Pou destacou que, há dois anos o mundo mudou completamente. Em sua opinião, a humanidade demonstrou sua capacidade de adaptação, pois teve que enfrentar uma pandemia sem plano algum, o que para ele revelou pontos fortes e fracos.



Além de reconhecer o trabalho de pesquisadores, médicos e professores para enfrentar a crise sanitária, o chefe de governo uruguaio também se referiu às diferenças entre países, fundamentalmente estruturais, em termos de qualidade democrática e liberdade.

"O Uruguai tem uma imensa vocação democrática e uma valorização muito importante da liberdade individual, como o estado mais puro do indivíduo. Foi demonstrado nesta pandemia que o acesso desigual às ferramentas significa que a liberdade pode ser desfrutada de maneiras diferentes e que a falsa dicotomia entre a presença do Estado e a liberdade individual caiu por terra", comentou.

O presidente destacou o uso da "liberdade responsável" da população do Uruguai para enfrentar a crise sanitária, na qual não houve confinamento obrigatório e na qual "uma parte importante da pandemia passou sem grandes contratempos".

O país sul-americana teve um pico de contágios e mortes por Covid-19 do fim de dezembro até abril, mês em que começou a ter efeito a campanha de vacinação contra o coronavírus. Até agora, foram registrados 387.922 casos de infecção e 6.049 óbitos causados pelo vírus SARS-CoV-2.

Quanto ao Mercosul, Lacalle Pou reiterou a intenção do Uruguai de "abrir-se mais para o mundo". Para isso, pediu para os governos garantirem que o cuidado com seu povo "não se transforme em protecionismo". "É necessária a liberdade de comércio e de concorrência", destacou.

Como já havia feito no último sábado durante a cúpula da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (Celac), no último sábado, Lacalle Pou acusou existir países nas Nações Unidas que violam os direitos humanos e, embora ele respeite a não-intervenção, disse que deveria denunciá-los. Entretanto, no fim de semana ele mencionou Cuba, Venezuela e Nicarágua e desta vez preferiu não citar as nações nominalmente.

"O uso defeituoso do poder é prejudicial às liberdades, governos autoritários que temem seu povo e sua liberdade e acabam empobrecendo seu povo por várias gerações", salientou. 

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