22/09/2021 às 22h39min - Atualizada em 22/09/2021 às 22h39min

Lava retarda seu avanço destrutivo na ilha de La Palma

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
O vulcão que entrou em erupção no último domingo na ilha de La Palma, na Espanha, atravessa uma fase eruptiva de relativa estabilidade e continua lançando lavas que mantêm um avanço destrutivo, mas lento.


Os especialistas não sabem por quanto tempo essa estabilidade será mantida e começam a duvidar que o magma, que agora está se movendo a apenas 4 metros por hora, fluirá para o mar. Tudo dependerá de como a situação evoluirá nas próximas horas.

Se os fluxos de lava atingirem a costa, os cientistas advertem que a interação do mar com a lava poderia gerar colunas de vapor de água com gases ácidos e desprendimento da frente magma, o que poderia levar à emissão de fragmentos nas proximidades do contato.

MAIS VISCOSA, LAVA DESACELERA RITMO.

O fluxo lento da lava se deve ao fato de ela ter se tornado mais viscosa, atingindo uma espessura entre 8 e 15 metros em sua língua mais ativa. A área afetada pelo magma, de acordo com os últimos dados, cobre agora 140,44 hectares, com uma frente de 600 metros.

Além disso, a deformação da superfície próxima à área de erupção não mudou nas últimas horas e permanece a 28 centímetros, de modo que existe uma "zona de miniestabilidade", enquanto a sismicidade permanece em níveis baixos.

os dados contrastam com a explosividade do vulcão na noite desta terça, que terminou com o colapso parcial da parte superior de seu cone principal, um fenômeno que os cientistas advertem que pode ocorrer novamente.

A emissão de materiais atinge 3 mil metros, e espera-se que a nuvem do vulcão alcance outras ilhas do arquipélago das Canárias nesta quinta-feira, especificamente Tenerife, El Hierro e La Gomera.

Outra questão monitorada de perto por especialistas é a emissão de dióxido de enxofre na atmosfera, que é estimada entre 6.140 e 11.500 toneladas por dia. Porém, os números são considerados subestimados, dado o grande tamanho da nuvem de SO2 observada por satélite.

De fato, o sistema de satélites europeu Copérnico fez uma estimativa apontando que o dióxido de enxofre do vulcão La Palma cobrirá grande parte da Península Ibérica, a maior parte do Marrocos e Tunísia e as costas mediterrâneas de França, Itália, Argélia e Líbia até a próxima sexta-feira, embora com muito pouco efeito porque a maior parte do SO2 emitido está nas camadas mais altas da atmosfera.

Os especialistas insistem que ninguém deve se aproximar das áreas próximas ao escoamento, pois isso pode causar danos que, em princípio, são intangíveis, especialmente aos olhos e aos pulmões.

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