22/09/2021 às 22h39min - Atualizada em 22/09/2021 às 22h39min

Ativistas cubanos pedem ao governo autorização para manifestação pacífica

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
Um grupo de ativistas dissidentes cubanos entregou ao governo e ao Conselho de Administração Municipal de Havana cartas que pedem autorização para a realização de uma manifestação pacífica no dia 20 de novembro.


Os responsáveis pela iniciativa, liderados pelo dramaturgo Yunior García, solicitam o reconhecimento dos direitos de reunião, manifestação e associação para fins lícitos e pacíficos estabelecidos na Constituição cubana aprovada em 2019.

Eles argumentam também que a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante o direito à liberdade de reunião e associação pacífica.

Nas cartas, entregues na terça-feira passada nos gabinetes do governador de Havana, Reinaldo Garcia, e do diretor do conselho, Alexis Acosta, os signatários anunciam uma manifestação "contra a violência para exigir o respeito por todos os direitos de todos os cubanos, pela libertação dos presos políticos e a resolução das diferenças através de meios democráticos e pacíficos".

Também é pedido que as autoridades "garantam o pleno exercício" dos direitos humanos e constitucionais, além da proteção dos manifestantes e do serviço normal de telecomunicações.

As características do projeto, que prevê a participação de cerca de 5.000 pessoas e uma manifestação de três horas que começará na avenida Malecón e terminará em frente ao Capitólio Nacional, a sede da Assembleia Nacional (parlamento unicameral), foram apresentadas com antecedência.

Entre os cerca de vinte signatários do pedido estão o dissidente Manuel Cuesta, o ator Reinier Díaz, o cineasta Raúl Prado Rodríguez e a editora Miryorly García, todos participantes das manifestações contra o governo que ocorreram em 11 de julho e resultaram em centenas de detenções e uma morte.

De acordo com os organizadores da manifestação, a decisão de programá-la para alguns dias após a reabertura gradual ao turismo internacional - anunciada pelo governo cubano para 15 de novembro -, foi tomada porque espera-se que mais de 90% da população esteja vacinada contra a covid-19 e que a situação epidemiológica melhore.

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