21/09/2021 às 11h26min - Atualizada em 21/09/2021 às 11h26min

Penitenciária de Salvador: Monitores fazem protesto

Categoria também aprovou um indicativo de greve.

AN NOTICIAS NEWS
G1 Bahia
Reprodução

Monitores de ressocialização do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador fazem uma parada de duas horas, na manhã desta terça-feira (21), em protesto por melhorias salariais. A categoria se reuniu em frente ao presídio e aprovou um indicativo de greve.

Segundo o Sindicato dos Agentes Disciplinares Penitenciários e Agentes Socioeducadores, Empregados Terceirizados Temporários e Contratados em Regime Especial Administrativo do Estado da Bahia (Sindap), a categoria está há quatro anos sem reajustes.

Os trabalhadores que iniciaram o protesto trabalham para empresas terceirizadas que prestam serviço para a penitenciária em Salvador e outras nove unidades prisionais na Bahia. Na capital, são cerca de 320 monitores, enquanto em todo o estado são mais de 3.500 profissionais.

De acordo com Lourival Alves, presidente do Sindap, além da falta de reajuste salarial, os monitores de ressocialização que são terceirizados ganham um valor muito abaixo ao pago aos trabalhadores concursados.

“A gente recebe um salário de R$ 1.480, nós terceirizados, enquanto o estatutário faz o mesmo trabalho que a gente faz e recebe um salário de R$ 6 mil. Eles mudaram o nome para pagar um salário menor para nós, monitores de ressocialização. Nós não aguentamos mais ganhar esse salário de R$ 1.480, que quando desconta tudo, fica menos de um salário mínimo".

Ainda segundo o representante da categoria, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) não quer dialogar com os trabalhadores.

"Não temos reconhecimento nenhum da Seap, não sentam para conversar com a gente. Quatro anos sem aumento de salário e querem assinar comissão coletiva com zero de aumento. Nós não aceitamos essa situação”.

O g1 entrou em contato com a Seap, mas ainda não obteve um retorno. Os profissionais pedem ainda um adicional por trabalharem em um ambiente perigoso.

“A gente também pede [o adicional de] periculosidade, e eles não oferecem nada. A gente não pode fazer um acordo assim, depois de quatro anos sentar numa mesa para eles oferecerem aos trabalhadores zero de aumento. Isso não existe, estamos indignados”.
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