18/09/2021 às 12h39min - Atualizada em 18/09/2021 às 12h39min

Costa Rica abre vacinação contra Covid-19 para migrantes irregulares

AB NOTICIAS NEWS

Agência EFE

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As autoridades da Costa Rica anunciaram nesta sexta-feira a abertura do processo de vacinação contra a Covid-19 para migrantes irregulares, que devem provar que estão instalados no país.

O vice-ministro da Saúde, Pedro González, declarou que a iniciativa visa imunizar o maior número possível de pessoas que vivem no país e ressaltou que o processo é realizado conjuntamente pelo Ministério da Saúde, o Fundo Costarriquenho de Previdência Social (CCSS) e o Sistema das Nações Unidas.

Os migrantes irregulares que desejam ser vacinados devem demonstrar suas raízes na Costa Rica através de várias opções, tais como ser incluídos em um registro familiar com o CCSS, ter um registro de crianças matriculadas em escolas, uma nota do local onde trabalham indicando o período de tempo em que prestam serviço ou registros de propriedade em seu nome. Essas pessoas terão que ir a um centro de saúde para se identificarem e não precisarão apresentar um seguro ou plano de saúde para tomarem a injeção.

A Coordenadora Residente das Nações Unidas na Costa Rica, Allegra Baiocchi, parabenizou o país pela abertura para todas as categorias de migrantes regulares, para migrantes irregulares que podem provar que têm raízes no país e para refugiados e requerentes de asilo.

"A Costa Rica é um dos primeiros países da região a tomar uma posição clara e aberta sobre esta questão. O país reafirma seu compromisso de longa data de proteger e cumprir os direitos humanos de todas as pessoas. A decisão não é apenas a coisa certa a fazer, mas a coisa inteligente a fazer para nos proteger a todos", enalteceu Baiocchi.

Dados do CCSS mostram que até esta quinta-feira, 408.454 doses de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas em estrangeiros, das quais 280.812 correspondem a primeiras doses e 127.642 a segundas.

Antes do anúncio desta sexta-feira para migrantes irregulares, a Costa Rica já estava vacinando os regulares com alguma forma de identificação que confirmasse seu status. De acordo com números oficiais, dos 5,1 milhões de habitantes do país da América Central, pelo menos 8% são estrangeiros.