ReproduçãoCom o desemprego durante a pandemia, muita gente optou pelo empréstimo consignado para conseguir pagar contas e manter o sustento da família, o que acabou gerando diversas reclamações no Banco Central.
Do total de 26.700 registros contra bancos e financeiras, 6.798 são referentes à oferta ou prestação de informação sobre crédito consignado de forma inadequada, onde o empréstimo correspondeu a 25,5% do total.
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Um levantamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) mostra que em 2020, as ocorrências envolvendo o crédito consignado também ficaram em primeiro lugar. A pesquisa foi feita com base nos dados disponíveis no portal consumidor.gov.br e no Banco Central.
Entre as reclamações estão: empréstimos não autorizados, cobrança por produtos que não foram contratados e descontos indevidos na folha de pagamento; nas quais os perfis de clientes como aposentados, pensionistas e servidor público são os mais atingidos.
De acordo com a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON-BA), de janeiro até 31 de agosto deste ano foram registrados 232 queixas referentes a empréstimos consignados, número elevado comparado a 2020 onde foram notificados 129.
O advogado Leonardo Reis, explica qual o momento que o consumidor pode procurar um especialista no assunto.
“A primeira orientação que fazemos quando um cliente está passando por um caso de empréstimo não contratado, é entrar em contato com o INSS para averiguar melhor a situação, saber se o perfil do consumidor atende as ofertas das financeiras e se o mesmo autorizou esse tipo de serviço, geralmente os aposentados e pensionistas tem essas informações através do aplicativo disponibilizado pela própria instituição. Diante das averiguações, o cliente abre uma reclamação administrativa contestando o serviço inadequado, onde ele deve procurar um profissional especializado para ajudar na ação judicial.”
Leonardo Reis ressalta a atenção e os cuidados que os clientes devem ter ao solicitar o serviço financeiro.
“Um dos principais cuidados são as ofertas oferecidas por telefone, apesar que existe uma norma que impede as financeiras de ofertarem esse tipo de serviço através de ligações mas nem todas obedecem essa regra. A orientação é não aceitar esses tipos de telefonemas, não passar dados pessoais para estranhos e ter atenção na leitura do contrato junto a financeira; são cuidados essenciais que podem evitar contratempos futuros”, conclui o advogado.
Para o consumidor consultar se uma instituição financeira está autorizada a funcionar, basta acessar o site do Banco Central através do endereço eletrônico www.bcb.gov.br.
