17/09/2021 às 21h24min - Atualizada em 17/09/2021 às 21h24min

Especialistas apoiam 3ª dose de vacina da Pfizer apenas para idosos nos EUA

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
O comitê de assessores da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) recomendou nesta sexta-feira uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19 da Pfizer apenas para a população com 65 anos ou mais e outas pessoas do grupo de maior risco.

A aprovação veio em uma segunda votação, depois de ter sido rejeitado previamente, com amplo apoio, o plano para uma terceira dose para a maioria dos habitantes dos EUA por falta de provas de que a nova inoculação seria importante para todos.


A medida restringe o pedido da Pfizer, que havia solicitado a aprovação do reforço para pessoas acima de 16 anos de idade, seis meses após a segunda dose.



Durante as mais de oito horas de discussão, com intervenções de dezenas de cientistas dos EUA e de outros países, especialmente de Israel e do Reino Unido, ficaram claras as dúvidas na comunidade internacional sobre a segurança e a adequação da vacina impulsionadora para aqueles com mais de 16 anos de idade.

A este respeito, o Dr. Paul Offit, do Centro de Educação de Vacinas do Hospital Infantil da Filadélfia, criticou a pressa demonstrada pelo governo do presidente Joe Biden e pela empresa farmacêutica em obter essa autorização geral.

"Esta é uma grande decisão, não entendo porque temos que nos apressar. Não entendo porque não podemos passar mais tempo olhando para os dados", declarou Offit durante o debate.

O especialista em doenças infecciosas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) Michael Kurilla frisou que ainda não está claro que todos precisam do reforço, além do grupo de pessoas que estariam em alto risco de doenças graves.

O voto do painel de assessores da FDA é não vinculativo, mas geralmente é respeitado pela agência. A recomendação é um alerta para o gabinete de Biden, que havia dado seu apoio explícito à proposta e começou a fazer planos para começar a aplicar o reforço a partir da próxima segunda-feira.

Entre os argumentos em apoio ao impulsionador, os especialistas da Pfizer citaram o pico em casos da variante delta, mais contagiosa, e a crescente evidência de que a proteção da vacina está começando a diminuir com o tempo. A decisão final caberá ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças e será anunciada na semana que vem.

VACINA DA PFIZER COMEÇA A PERDER EFICÁCIA COM 4 MESES.

Justamente nesta sexta-feira foi lançado um novo relatório do CDC, indicando que a vacina da Moderna é a mais eficaz na prevenção de internações causadas pela Covid-19, seguida pela Pfizer e pelo imunizante de dose única da Johnson & Johnson.

O CDC detalhou que a eficácia do Moderna é de 93%, a da Pfizer/BioNTech é de 88%, e a da Johnson & Johnson, de 71%.

Segundo os pesquisadores, a eficácia da vacina da Pfizer começa a diminuir mais acentuadamente do que a da Moderna ao longo do tempo: a partir do quarto mês após a administração da segunda dose, ela se situa em 77%.

A vacina da Pfizer é a única com aprovação total da FDA para aplicação. Moderna e Johnson & Johnson têm apenas aval de emergência.

DESACELERAÇÃO DA VACINAÇÃO NOS EUA.

Atualmente, 63,5% da população dos EUA acima de 12 anos de idade recebeu a dosagem total recomendada pelos laboratórios. A taxa de vacinação diminuiu nos últimos meses, o que tem levantado preocupações entre as autoridades sanitárias.

Nas últimas semanas, o país registrou uma média de cerca de 150 mil casos de coronavírus por dia e quase 1,5 mil mortes, números não vistos desde o início do ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se pronunciou dizendo que o momento é de ajudar os países com vacinação pouco avançada antes de dar doses de reforço nos mais jovens.

"Entendemos a preocupação dos governos em proteger suas populações da variante delta, mas não podemos aceitar que os países que já esgotaram a maior parte de seus suprimentos de vacinas devam usar ainda mais, enquanto as populações mais vulneráveis do mundo permanecem desprotegidas", declarou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no mês passado.

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