17/09/2021 às 11h10min - Atualizada em 17/09/2021 às 11h10min

Acidentes elétricos fatais são mais comuns do que imaginamos

Instalações elétricas estão ficando desatualizadas colocando as pessoas em risco.

AB NOTICIAS NEWS
Tribuna da Bahia
Romildo de Jesus

Todo o cuidado é pouco quando se trata de energia elétrica. De acordo com  a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos de Eletricidade, (Abracopel) os acidentes com energia elétrica, abrangendo choques elétricos, incêndios por sobrecarga e descargas atmosféricas (raios), atingiram a marca de 759 ocorrências no primeiro semestre de 2021 e 402 mortes no Brasil. Somente os choques somaram o número de 441, resultando na perda de 355 vidas, sendo que apenas 86 pessoas conseguiram se recuperar. Na Bahia,foram 22 mortes por choques elétricos.

Os dados revelam uma tendência de aumento comparado com 2020, quando foram apontados 741 acidentes e 398 óbitos, mas ainda menor que o ano de 2019, por exemplo, com 826 ocorrências e 434 notas de falecimentos. E, para agravar ainda mais a situação, há um dado bem preocupante: as mortes por choque elétrico foram maiores do que as mortes em incêndios por sobrecarga.

Segundo a pesquisa da Abracopel, grande parte dos acidentes com choques elétricos ocorreram nas residências, local que, teoricamente, as pessoas se sentem mais seguras. Conforme o levantamento, foram dentro dos lares 133 acidentes e 116 mortes. Em 2020, foram 127, ao todo  e em 2019, 138.

 “No ano passado, como muitas empresas adotaram o teletrabalho, foi possível que os cidadãos olhassem mais de perto os problemas da casa, observando as situações de risco e fazendo os consertos necessários”, explica o diretor-executivo e engenheiro da Abracopel Edson Marinho.

 Os dados de incêndio também revelam uma tendência de alta, já que no primeiro semestre de 2021 mostra que os números  são maiores entre os 3 anos comparados. Esta tendência é preocupante e deve ser considerada em todas as ações de conscientização. Instalações elétricas estão ficando desatualizadas colocando as pessoas em risco. Em 2021 foram 288 ocorrências, em 2020 260 e em 2019 287, sendo que fatais foram 23 em 2021, 9,  no  ano passado e 28 em 2019.

O uso do aparelho  Diferencial Residual (DR)  é obrigatório desde 1997, de acordo com o item 5.1.3.2.2 da Norma Brasileira (NBR) 5410, nos  circuitos que servem a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou banheira; que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação e em ambientes internos, que possam vir a abastecer equipamento em área externa; e que servem  a pontos de utilização localizados em cozinhas, copas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas, normalmente molhadas ou sujeitas a lavagens constantes.

“Eletricidade é um assunto muito sério. É importante analisar toda a instalação elétrica com um profissional habilitado, capacitado ou qualificado para tal. Se necessário adequar  as instalações elétricas. Um simples aparelho como o DR   pode evitar mortes, o equipamento desarma a rede elétrica quando uma fuga de corrente elétrica é detectada, evitando choques”, explica o engenheiro de segurança Breno Menezes.

 Mesmo com todos os cuidados, um acidente pode acontecer. Então, o eletricista Walter Cornelli indica que a primeira atitude a ser tomada é desligar a fonte de energia que está causando o choque elétrico.

“ Logo depois, afaste a vítima da fonte do choque, mas jamais toque  nela diretamente. O recomendado é afastá-la utilizando materiais como tecidos grossos, borracha ou madeira. Em seguida, chame o serviço oficial de socorro e mantenha a calma até a chegada dos profissionais”. 


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