14/09/2021 às 21h11min - Atualizada em 14/09/2021 às 21h11min

Peritos identificam seis soldados argentinos em tumba coletiva nas Malvinas

AB NOTICIAS NEWS
Agência EFE
EFE
Uma equipe de peritos conseguiu identificar os restos de seis soldados argentinos que combateram na guerra de 1982 contra o Reino Unido pelas ilhas Malvinas e foram enterrados em uma tumba coletiva no arquipélago, informaram fontes oficiais nesta terça-feira.

Os restos mortais foram exumados em agosto por uma equipe forense do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e depois levados para a província central argentina de Córdoba para serem submetidos a testes genéticos no laboratório da Equipe de Antropologia Forense Argentina (EAAF) para tentar estabelecer a identidade dos soldados.


De acordo com fontes oficiais, os seis foram mortos em combate na mesma ocasião e as suas famílias já foram notificadas da identificação por uma equipe multidisciplinar composta por membros do CICV, da EAAF e dos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça argentinos.

Os restos mortais, que foram cruzados com amostras genéticas fornecidas por parentes de ex-combatentes argentinos, estavam no cemitério de Darwin, nas Malvinas, em uma sepultura múltipla conhecida como C.1.10.

Neste cemitério, a Cruz Vermelha pôde exumar os restos mortais de 122 soldados argentinos, dos quais 119 foram identificados.

"A missão tem sido frutífera, apesar das condições meteorológicas por vezes duras. A identificação foi possível através da aplicação de normas forenses internacionais e de uma abordagem multidisciplinar. Desta forma, esperamos ajudar a aliviar o sofrimento das famílias", disse Luis Bernardo Fondebrider, chefe da unidade forense do CICV, em comunicado divulgado pela Cruz Vermelha.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores argentino, a análise genética determinou quatro novas identidades de restos mortais encontrados na sepultura C.1.10 pertencentes a Guillermo Nasif, Marciano Verón, Carlos Misael Pereyra e Juan Carlos Treppo.

Além disso, foi confirmada a identidade de Ricardo Julio Sánchez, que tinha sido enterrado na C.1.10 com o seu nome, e foram reassociados os restos mortais de Víctor Samuel Guerrero, enterrado em cova individual já identificada.

Os seis morreram em combate, quando foi incendiado o helicóptero em que viajavam e que foi abatido no Monte Kent.

"Os parentes já expressaram os seus desejos em relação ao local de descanso dos parentes no cemitério de Darwin. Em alguns casos, preferiram que os restos mortais permanecessem juntos e em outros casos optaram por sepulturas separadas", disse o Ministério das Relações Exteriores argentino.

Em 2012, Argentina e Reino Unido encomendaram da Cruz Vermelha trabalhos de identificação de ex-combatentes sepultados nas Malvinas. Em março deste ano, firmaram um novo acordo para iniciar uma segunda etapa desses trabalhos.

Argentina e Reino Unido se enfrentaram pela soberania das Malvinas em uma guerra iniciada em 2 de abril de 1982, com o desembarque de tropas argentinas no arquipélago, e terminou em junho deste ano com a rendição para as forças britânicas. Ao todo, morreram 255 britânicos, 649 argentinos e três pessoas originárias da ilha.


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