14/09/2021 às 20h19min - Atualizada em 14/09/2021 às 20h19min

Sepse mata 240 mil pessoas por ano no Brasil

As mortes no Brasil chegam a 65% dos casos em UTIs, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%.

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Divulgação

A Sepse, termo médico usado para a infecção generalizada, é uma doença que atinge de 15 a 17 milhões de pessoas por ano no mundo, sendo 600 mil só no Brasil, segundo dados do ILAS - Instituto Latino-Americano de Sepse. Neste mês de setembro, quando se comemora o Dia Mundial da Sepse (13.9), instituições do setor saúde alertam para a conscientização sobre os cuidados e identificação precoce da doença que possui mortalidade elevada nas unidades de terapia intensiva (UTIs) espalhadas pelo país, com 240 mil óbitos por ano.

As mortes no Brasil chegam a 65% dos casos em UTIs, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%. Com a pandemia da Covid-19, o panorama se tornou ainda mais grave. Entretanto, a incidência de casos pode ocorrer em pessoas não hospitalizadas e com bom estado geral de saúde.

A sepse é uma síndrome clínica causada por uma infecção, que pode levar à síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e óbito. Qualquer infecção pode causar sepse. A doença frequentemente se apresenta como a deterioração clínica de infecções comuns e evitáveis, como as do trato respiratório, gastrointestinal e urinário, ou de feridas na pele. A doença pode ser subdiagnosticada em um estágio inicial, quando ainda é potencialmente reversível.

A maioria dos tipos de microrganismos pode causar sepse, incluindo bactérias, fungos, vírus e parasitas. No entanto, também pode ser causada por infecções com vírus da influenza sazonal, vírus da dengue e patógenos altamente transmissíveis de interesse de saúde pública; como os vírus da gripe aviária e suína, Ebola e vírus da febre amarela. O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos.

Não há exames específicos, mas sim aqueles voltados para a identificação da presença de infecção, como o hemograma, e para a identificação do foco, como radiografia de tórax, e exames de urina. É também importante a identificação do agente infeccioso, com coleta de culturas de todos os locais sob suspeita de infecção, mas principalmente do sangue. São também importantes os exames para identificar a presença de mau funcionamento dos órgãos.

Segundo a infectologista e coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Rede Mater Dei de Saúde, Silvana de Barros Ricardo, a sepse é a causa número um de mortes evitáveis em todo o mundo. Em 80% dos casos, a doença se manifesta fora do hospital, geralmente causada por infecções como pneumonia ou doença diarreica. Portanto, o paciente e/ou seus responsáveis desempenham um papel ativo na prevenção de infecção e na busca precoce pelo tratamento, o que pode reduzir a incidência e a morbidade da sepse. Daí a importância das campanhas educativas e divulgação de informação direcionada ao público.


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