13/09/2021 às 12h22min - Atualizada em 13/09/2021 às 12h22min

Bahia mantém melhora em todos os indicadores da Covid-19

Sesab alerta que não é hora de ‘chutar o balde’ e abandonar as medidas de prevenção. A teimosia na promoção e participação de aglomerações pode colocar tudo a perder

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Romildo de Jesus

Depois de um primeiro semestre com números de óbitos na casa dos três dígitos e unidades de saúde operando quase em capacidade máxima, a situação da pandemia de coronavírus na Bahia parece finalmente dar sinais de desaceleração, com melhoria em vários indicadores. Neste domingo (12), o Estado registrou quatro vidas perdidas, mesmo número visto no sábado, segundo o boletim divulgado pela Central Integrada de Comando e Controle da Saúde. A queda vem se mantendo desde o início de julho. Também está em redução o número de casos ativos, que ontem ficou em pouco mais de 10 mil; a Bahia já chegou a ter quase 30 mil pessoas que ainda lutavam contra o vírus. Já a ocupação geral da UTI adulta permaneceu nos 30% durante todo o dia, e não houve registros de baianos esperando na fila de regulação.A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) atribui essa melhora nos boletins epidemiológicos ao ritmo mais fortalecido da vacinação, e diz estar comprometida em alcançar ainda mais pessoas para garantir a proteção. 

Ocupação

Com mais gente imunizada, a melhora se reflete nos números de pacientes internados nas Unidades de Tratamento Intensivo, cuja ocupação tem diminuído mesmo com a desmobilização de leitos dedicados exclusivamente ao tratamento da covid-19. Em dois hospitais, a queda foi mais drástica. No Hospital Santa Izabel, apenas um dos 14 leitos de UTI está com paciente em ventilação mecânica. Já no Hospital Espanhol, que estava fechado e foi equipado pelo Governo do Estado para o enfrentamento à pandemia, a ocupação é de 13%, com vinte dos seus 159 leitos de UTI preenchidos. Apenas duas unidades mostraram mais de 50% de ocupação: o Hospital Sagrada Família (70%) e Hospital Salvador (75%); porém, a quantidade de vagas para casos mais graves é menor em comparação com outros centros de referência. O alerta feito pela pasta é de que se leve os idosos para tomar a dose de reforço, cuja procura ainda anda em baixa: a maior faixa de letalidade (28,2%) ainda está na população com 80 anos ou mais, público-alvo da campanha vigente. 

Cuidado

Porém, mesmo com essa melhora no cenário da Bahia, todo cuidado ainda é pouco, principalmente quando se sabe que a pandemia não acabou e que novas variantes estão surgindo. É o que alertou Izabel Marcílio, coordenadora do Centro de Emergência em Saúde da Sesab. “Enquanto as pessoas não conseguirem manter o que a gente recomenda, de não aglomerar, de ir tomar a segunda dose da vacina, de ir tomar a primeira se não foi tomar ainda, a gente vai estar sempre com essa preocupação”, explicou, mencionando o adiamento do desejo de adoção de outras medidas de abertura que ainda não podem ser tomadas por conta do contexto. “A gente ta preocupado, sim”. A maior preocupação é com as aglomerações constantemente registradas aos finais de semana, seja nas praias ou em festas estilo paredão, onde o público mais presente são jovens entre 20 e 39 anos, que ainda lideram os contaminados com 461.843 testes positivos; desde o começo da pandemia, 1.642 já perderam a vida para a doença. “Ainda é um momento de tomar muito cuidado, e de estar em segurança”, enfatizou. 


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