12/09/2021 às 13h16min - Atualizada em 12/09/2021 às 13h16min

Biden quer que EUA "mostrem que democracias funcionam"

AB Notícia News
Agência EFE
Reprodução
- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste sábado, que marca o 20º aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que espera que os Estados Unidos possam "mostrar que as democracias funcionam" e defendeu novamente a retirada das tropas do país do Afeganistão.
 
Biden não fez discursos nos eventos dos quais participou em homenagem às vítimas dos atentados em Nova York e em Shanksville, no estado da Pensilvânia, mas fez algumas observações aos repórteres após visitar um quartel de bombeiros na última cidade.
 
O presidente americano descreveu como "realmente bom" o discurso que foi feito pouco antes, também em Shanksville, pelo ex-presidente George W. Bush, que comparou o "espírito infame" dos terroristas do 11 de setembro com o dos extremistas violentos que invadiram o Capitólio em janeiro.
 
Biden enfatizou a importância de avançar rumo à união em um momento de tensão latente nos EUA após o mandato de Donald Trump e revelou que, durante sua visita ao quartel em Shanksville, havia tirado fotos com jovens que usavam bonés com mensagem de apoio ao controverso ex-presidente.
 
"Nos próximos quatro, cinco, seis ou dez anos, vamos mostrar que as democracias podem funcionar, ou não?", perguntou.
 
Ele afirmou que os líderes autoritários pensam que são os únicos que podem ter sucesso, e disse que tinha notado isso em suas conversas com os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin.
 
"Acho que podemos, de fato, liderar pelo poder de nosso exemplo novamente", ressaltou.
 
Biden opinou que o resto do mundo pensava que os americanos "não falavam entre si" e agora está surpreso com os planos de estímulo econômico dos EUA que "mostram verdadeiro respeito" pela classe média.
 
DEFESA DE RETIRADA DAS TROPAS.
 
Biden lamentou o tom amargo do debate político sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão, que foi concluída pouco antes do 20º aniversário do 11 de setembro, e a defendeu, apesar de o país asiático ter entrado em caos após os talibãs tomarem o controle da capital, Cabul.
 
"A (rede terrorista) Al Qaeda pode voltar? Sim, mas adivinhe: já está de volta em outros lugares, então qual é a estratégia? Vamos invadir e fazer com que nossas tropas fiquem em todos os lugares onde há uma presença da Al Qaeda?", questionou.
 
Biden insistiu que as cenas caóticas no aeroporto de Cabul - onde inúmeros civis afegãos tentavam entrar em voos de repatriação de americanos e europeus - eram inevitáveis.
 
"Se estivéssemos no Tajiquistão e pegássemos um (avião cargueiro) C-130 e disséssemos que deixaríamos quem nos apoiou entrar neste avião, também haveria pessoas agarradas ao trem de pouso", afirmou.
 
Biden também não mostrou-se preocupado com sua perda de popularidade nos Estados Unidos, onde agora 49% da população aprova sua administração, de acordo com o instituto de pesquisas Gallup.
 
"Sou um garoto grande. Já faço isso há muito tempo", declarou.
 


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