09/09/2021 às 17h51min - Atualizada em 09/09/2021 às 17h51min

Apneia do sono pode impactar na economia

Falta de sono adequado impacta na produtividade

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Divulgação

Um estudo realizado pelo RAND Corporation (instituto norte-americano de pesquisa) aponta que a insônia e dormir pouco podem colaborar tanto para o desenvolvimento de várias doenças, bem como afetar a disponibilidade de profissionais.

O mesmo estudo, que analisou o comportamento nos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e Canadá, mostra que os distúrbios do sono podem gerar prejuízos não só para as empresas, mas também impactos econômicos em países inteiros, o que indica que outras grandes economias podem experimentar consequências semelhantes.

Por exemplo, 16% dos japoneses afirmaram que dormem menos de seis horas por dia e 40% dormem entre seis e sete horas. Em seguida, vêm os EUA, com 18% e 27%, respectivamente, o Reino Unido, com 16% e 19%, a Alemanha, com 9% e 21% e o Canadá, com 6% e 20%.

No Brasil, uma pesquisa realizada, neste ano, investigou os hábitos de sono de mais de 2 mil brasileiros e os dados obtidos são preocupantes: 62% dos brasileiros não são capazes de explicar se realmente dormem bem. Ao longo das respostas, essas mesmas pessoas responderam que sentem dificuldade para pegar no sono e que acordam várias vezes à noite, por exemplo. Enxergar o sono como um privilégio e não como uma necessidade é um problema cultural. A crença de que tempo é dinheiro e sono é perda de tempo cria uma romantização em torno da privação de sono, o que gera consequências severas à saúde das pessoas.

Muitos fatores são responsáveis por provocar má qualidade do sono e a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um deles. Há, inclusive, um estudo específico sobre o impacto econômico da AOS, realizado pela Academia Americana de Medicina do Sono (AASM) em 2016, cujos dados são alarmantes: o impacto econômico associado a casos não tratados foi estimado em $ 86,9 bilhões devido a perda de produtividade e absenteísmo e o impacto foi de $ 6,5 bilhões por motivos de acidentes de trabalho, em 2015.

A apneia do sono é um distúrbio em que os músculos da garganta relaxam a ponto de entrar em colapso, restringindo o fluxo de ar, o que faz com que a respiração se torne superficial e até pare por segundos ou minutos, privando o corpo e o cérebro de oxigênio. Mesmo que os despertares sejam geralmente muito curtos, eles se fragmentam e interrompem o ciclo do sono. Esta fragmentação do sono pode causar níveis significativos de fadiga e sonolência diurna, que são sintomas comuns da apneia do sono.

Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.


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