27/08/2021 às 13h32min - Atualizada em 29/08/2021 às 12h20min

Casa Verde e Amarela terá preço do imóvel reajustado

Novo valor é uma reivindicação das construtoras no país

DINO
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Juros mais acessíveis, subsídios e valor limitado a R$ 240 mil


As construtoras que atuam no programa Casa Verde e Amarela aguardam o aumento no valor do teto do imóvel que, atualmente, está em R$ 240 mil no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília e que deve subir para R$ 270 mil. Esse ajuste vai contribuir para minimizar os impactos dos sucessivos aumentos nos insumos para a construção da moradia. Nos bastidores, o percentual do reajuste deve ficar próximo a 10% e será muito bem-vindo. Essa é uma reivindicação das empresas que atuam no segmento econômico no país e tem sido muito discutida entre a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e o Governo, pois para o setor, a alta nos preços dos materiais estão inviabilizando a construção de empreendimentos pelo programa para várias construtoras no país.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, as questões sobre as mudanças no programa ainda estão em discussão no Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Somente após a aprovação por parte do Conselho é que serão divulgadas as novas regras. Para o presidente da Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), Claudio Hermolin, o aumento no teto no valor dos imóveis do programa com certeza é uma solução que vai amenizar bastante o impacto do aumento dos insumos. "Como já coloquei são três variáveis importantes no mercado imobiliário: preço do terreno, custo de construção e valor de venda. E no caso específico do programa Casa Verde e Amarela, o preço de venda é hoje limitado pela regra do programa. Com o aumento dos insumos e do custo da construção tendo o preço de terreno hoje o valor de mercado, a outra variável que pode ajudar muito o programa é o valor de venda das unidades. Então essa iniciativa de elevar o teto e aumentar o preço de venda dos imóveis do programa certamente traz de volta a possibilidade e a viabilidade das empresas executarem projetos dentro desse modelo", analisa Hermolin.

De acordo com o diretor da loteadora Pró Lotes, Marcelo Fróes, o ajuste se faz necessário para que as construtoras possam continuar operando neste segmento e também vai beneficiar muitas famílias que planejam trocar o aluguel pela casa própria. "Temos percebido uma procura muito grande de pessoas interessadas na compra terrenos para construir o imóvel e optando por linhas de financiamento para aquisição de materiais de construção com os bancos. Pode ser um reflexo desta situação e uma alternativa que este público está encontrando devido ao valor do teto do imóvel ainda não ter sido reajustado" explica Fróes.

Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, consultoria especializada em práticas e técnicas construtivas e de gestãoorienta que não vale a pena esperar o melhor momento para comprar um imóvel, pois em um futuro breve, na análise do especialista, não será mais possível encontrar os mesmos preços e as mesmas taxas de juros praticadas hoje. "A hora de adquirir a moradia é agora", frisa Pinheiro. Ele explica que o primeiro argumento para esta afirmação é que o aumento dos insumos básicos da construção civil já chegou à casa dos 30% em números acumulados no último ano. Só o aço, por exemplo, mais que dobrou de preço em 2020. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que regula e acompanha essa alta, registra crescimento acumulado de 15,26% nos últimos 12 meses. E a expectativa é que os valores continuem a subir, sendo turbinados pelo aumento das tarifas de energia já informado pelo Governo.

Outro ponto sensível e também importante apontado por Pinheiro é considerar que a Selic (Taxa Básica de Juros) teve quatro aumentos desde março, chegando ao patamar de 5,25% ao ano. "As mudanças desse indicador impactam em diversas taxas, entre elas os juros dos empréstimos, dos parcelamentos e dos rendimentos, entre outros. Para ficar bem claro, aumentando a Selic, os juros também sofrem reajustes, fazendo com que o financiamento da produção fique mais caro para as construtoras, bem como o crédito imobiliário para o cliente", alerta o especialista da G+P Soluções.



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