PAULO WHITAKER/REUTERSCasos e mortes por covid-19 no país mantêm tendência de queda, segundo edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz divugada nesta quarta-feira (25). A edição se refere ao período de 15 e 21 de agosto.
"Embora o declínio no número absolutos de casos e óbitos seja relevante, há uma estagnação proporcional na melhora para algumas faixas etárias, especialmente os idosos", destaca a análise.
A média diária de novos casos aumentou 0,6% e a do número de mortes diminuiu 1,5% em relação à semana anterior. Roraima é o único Estado com taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no SUS superior a 80%, de acordo com o levantamento. Em relação às capitais, apenas Rio de Janeiro (96%) e Boa Vista (84%) mantêm nível muito crítico.
A média de vacinação é de 1 milhão de doses aplicadas por dia. O relatório destaca que a capacidade do SUS para a distribuição e aplicação de vacinas pode chegar a 2 milhões de doses diárias, marca que já foi alcançada algumas vezes durante a campanha de vacinação da covid-19.
De acordo com o boletim, 71,6% da população adulta tomou ao menos uma dose e 31,4% completaram o esquema de vacinação. "Embora alguns estados estejam iniciando a vacinação em crianças e adolescentes, a prioridade é completar o esquema vacinal da população adulta", sublinha o relatório.
A análise defende também um debate técnico sobre alternativas para a aplicação da dose de reforço ou para a combinação de imunizantes em idosos ou imunodeprimidos, desde que estudos apontem essa necessidade.
"Por mais que as vacinas contribuam para a redução de casos graves, internações e óbitos, o surgimento e o espalhamento de novas variantes de preocupação devem manter os serviços de vigilância em saúde em alerta, com amplo uso de testes, detecção de casos, isolamento e quarentena", aponta o boletim.
“Neste contexto, enquanto a pandemia estiver em curso, além da necessidade de ampliar e acelerar a vacinação, é de grande importância para todos, mesmo os que tomaram vacinas, manter medidas como o uso de máscaras e de distanciamento físico”, acrescenta.
