29/07/2021 às 11h57min - Atualizada em 29/07/2021 às 11h57min

Bolsonaro critica Barroso e diz que "povo vai reagir" se não tiver voto impresso

“O povo vai reagir em 22 se não tivermos eleições democráticas. Todos nós queremos eleições”, disse o presidente.

AB NOTICIAS NEWS
O Globo
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro questionou ontem um dos argumentos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, para se opor à proposta de voto impresso, o de que haveria um custo de R$ 2 bilhões. Bolsonaro afirmou que é ele, e não Barroso, quem trata do Orçamento. 

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente também disse que podem haver "problemas" na eleição do ano que vem. 

“Vai ganhar eleição quem tem voto. Se não for dessa maneira, poderemos ter problemas em 22. 

E eu não quero problema. E quando falam, o Barroso mesmo, "mais R$ 2 bilhões", ô Barroso, quem trata de orçamento sou eu, não é você”, disse Bolsonaro. 

Apesar de não comprovar problemas no modelo atual, o presidente defende uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que está em discussão na Câmara, que determina a urna eletrônica imprima um comprovante do voto. 

“Sei que vocês não estão preocupados em gastar R$ 2 bilhões do orçamento com uma maneira de nós termos a certeza de que se votou para prefeito, governador, vereador, deputado e vai ser aquela pessoa”. 

De acordo com Bolsonaro, "o povo vai reagir" caso não a proposta — que ele chama de "voto democrático" — não seja aprovada: 

“O povo vai reagir em 22 se não tivermos eleições democráticas. Todos nós queremos eleições”. 

Bolsonaro promete desde março de 2020 apresentar provas de fraude na eleições, mas ainda não fez isso. No mês passado, o TSE deu 15 dias para o presidente apresentar evidências de irregularidades na urna eletrônica. Devido ao recesso judiciário, esse prazo vence no dia 2 de agosto. 

A segurança das urnas eletrônicas é garantida por ferramentas tecnológicas, equipamentos físicos e sistemas de auditagem abertos a qualquer cidadão. Uma das formas de garantir a segurança da votação são testes públicos em que "hackers" tentam invadir o sistema das urnas e identificar possíveis vulnerabilidades. 


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