Sánchez Cerén não foi encontrado e a Interpol foi acionada para localizá-lo e levá-lo à Justiça, declarou a procuradora Marisela Velásquez.
Além do ex-presidente, o juiz pediu a prisão de nove ex-ministros do governo Mauricio Funes (2009-20014) pelos mesmos crimes.
Os crimes teriam sido cometidos no primeiro governo do ex-guerrilheiro da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) liderado por Mauricio Funes, da qual Sánchez Cerén foi vice-presidente.
Os réus "contribuíram para o desfalque que custou ao Estado salvadorenho mais de 350 milhões de dólares", disse o procurador-geral Rodolfo Delgado na época.
“O dinheiro era entregue na casa presidencial (...) mensalmente e constituía um acréscimo ao salário que por lei deviam receber para o exercício da função pública”, explicou.
Delgado disse que a investigação começou em 2019 e é um desdobramento da operação “Saque Público” de 2009-2014, quando a Assembleia Legislativa aprovou 80,8 milhões de dólares por um período de cinco anos como “despesas particulares” da presidência.
O secretário-geral da FMLN, Óscar Ortiz, rejeitou a decisão do juiz nesta quarta-feira e lamentou que “tenham sido encerradas as possibilidades de desmontar a estrutura probatória que desde o início apresenta uma série de irregularidades”.