"A BioNTech tem a intenção de desenvolver a primeira vacina de RNAm para a prevenção da malária", que será produzida no continente africano, disse a empresa em um comunicado.
"A probabilidade de sucesso é alta", afirmou Ugur Sahin, diretor e co-fundador da BioNTech, um laboratório pioneiro na pesquisa do RNAm.
Os estudos, que começarão no final de 2022, serão realizados na África e "em outras regiões em que a malária é frequente", mas também na Alemanha, como parte de um programa apoiado pela Organização Mundial da Saúde, pela União Europeia e pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças da União Africana (Africa CDC).
A malária, causada por um parasita transmitido pelos mosquitos, ainda é uma temida doença infecciosa, principalmente na África e entre as crianças, deixando cerca de 400.000 mortes por ano.
Atualmente, não existe nenhuma vacina aprovada contra a malária.
"Por várias décadas, os principais desenvolvedores de vacinas abandonaram gradualmente" a pesquisa sobre a doença, lamentou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva conjunta com a BioNTech e a UE.
No entanto, uma vacina candidata desenvolvida pela Universidad de Oxford, a Matrix-M, gerou esperanças em abril, com uma eficácia até agora inédita de 77% nos ensaios de fase II e pode ser aprovada em dois anos.