30/06/2021 às 14h28min - Atualizada em 30/06/2021 às 14h28min

Ato em Salvador lembra os 11 anos do Caso Colombiano e Catarina

O protesto aconteceu em frente ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, e contou com o apoio do PCdoBahia

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Reprodução

Por Henrique Brinco 

A família e os amigos do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, assassinado em 2010, realizaram ontem um ato para lembrar os 11 anos do crime e denunciar a impunidade dos acusados pelo duplo homicídio que chocou a Bahia. O protesto aconteceu em frente ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, e contou com o apoio do PCdoB. 

O assassinato aconteceu quando Colombiano voltava para casa, localizada no bairro de Brotas, depois de ter buscado no trabalho a esposa Catarina, que era funcionária e militante do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia. Imediatamente, o caso ganhou repercussão na imprensa do estado, principalmente pela forma com que se deu a brutal execução do casal, à luz do dia e em uma das avenidas mais movimentadas da capital baiana. 

Durante todo esse tempo de espera por uma condenação, as pessoas próximas a Colombiano e Catarina têm denunciado a morosidade do sistema de justiça, o que, para elas, tem significado seletividade penal e impunidade. “Quando é para prender criminosos poderosos, endinheirados, o processo é essa lentidão que nós estamos acompanhando agora”, declara Geraldo Galindo, irmão de Catarina, em nota divulgada pelo partido. 

O PCdoB lembra que a autoria dos crimes é atribuída ao empresário e oficial aposentado da Polícia Militar Claudomiro César Ferreira Santana, ao seu irmão, o médico Cássio Antônio, apontados como mandantes, e aos funcionários dos dois, Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Lopes, que seriam os executores. Na decisão de primeira instância, Cássio Antônio foi retirado do processo, mas a acusação recorreu da decisão. 

Os dois irmãos eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro. O processo registra que as mortes teriam sido planejadas por Claudomiro e Cássio depois de saberem que Colombiano havia descoberto uma fraude milionária na prestação de serviços ao sindicato e atuava para que providências fossem tomadas. 

O processo do casal, que já tinha chegado à segunda instância, sofreu um revés em 2017, quando desembargadores da 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) devolveram a sentença proferida em primeiro grau, que levava a júri popular os acusados. A alegação da defesa foi de que o primeiro juiz usou de ‘excessos de linguagem’ ao proferir a sentença. 

Com a decisão, o processo deverá ter uma nova sentença de primeira instância, para a ‘adequação da linguagem’, mas só depois que forem apreciados todos recursos que a defesa apresentou aos tribunais de Brasília, com o objetivo de absolver os acusados. Um desses recursos está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sem movimentação desde o ano passado. 

 


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