Após o Supremo Tribunal Federal (STF) concluir que o ex-juiz Sergio Moro atuou com parcialidade ao julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do tríplex no Guarujá, o petista compartilhou nas redes seu relato do tempo em que esteve preso em Curitiba. A prisão de Lula foi feita em 7 de abril de 2018 e durou 580 dias, até 8 de novembro de 2019.
“Deus esteve em cada momento nas coisas que vivi. Inclusive na minha prisão. Aquilo pra mim foi uma provação de fé. Hoje foi consolidada a votação no STF que definiu o Moro parcial nos meus processos”, escreveu o ex-presidente nas suas redes sociais.
Quero compartilhar um relato com vocês:
— Lula (@LulaOficial) June 24, 2021
1 - Tem muita coisa na minha vida que só pode ter o dedo de Deus. Acredito muito nisso. Como é que pode o filho de uma camponesa analfabeta chegar onde cheguei. Uma mulher que criou oito filhos sozinha...
Segundo Lula, no período em que esteve preso, houve dois momentos que mais o marcaram: a morte de seu irmão Vavá, em janeiro de 2019, e de seu neto Arthur, de apenas 7 anos, em março do mesmo ano. O petista conseguiu ser liberado para ir à cerimônia de cremação de seu neto, mas não teve a autorização para comparecer ao enterro do irmão.
“Tive dois momentos difíceis na prisão. A morte do meu irmão Vavá e do meu neto Arthur. Quando eu tava preso na ditadura, minha mãe morreu e pude me despedir dela. Mas não deixaram me despedir do meu irmão. Mas sempre segui com a fé que ia provar as mentiras contra mim”, disse.
Em seu relato, Lula ressaltou como foi importante ter mantido a fé durante o período e não evitou ataques ao atual presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).
“Se Deus simboliza o amor, a fraternidade e a bondade, Bolsonaro não pode ser enviado de Deus. Se foi, é castigo. Precisamos lutar porque Deus ajuda, mas a gente tem que fazer nossa parte também”, escreveu.
Sergio Moro, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro, também não escapou da crítica de Lula em seu relato:
“Hoje eu ando de cabeça erguida na rua. Tenho certeza que o Moro e o Bolsonaro não. O povo sabe que o Brasil era melhor quando eu governava esse país. Mas uma mentira foi eleita presidente da República e o povo está comendo o pão que o diabo amassou”.