16/06/2021 às 10h39min - Atualizada em 16/06/2021 às 10h39min

Quase metade dos testes de Covid-19 dá positivo na Bahia

A proximidade do São João preocupa autoridades, que veem a possibilidade de uma novo aumento nos casos confirmados

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Camila Souza / GOV BA

Por Lily Menezes

Mesmo com os esforços na promoção de medidas que evitam aglomerações, a curva de novos casos do novo coronavírus na Bahia parece estar longe de reduzir. Além da permanência da taxa de ocupação dos leitos de UTI na casa dos 80% por mais de um mês, o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA), unidade da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) continua a lidar com a alta nos resultados positivos para a Covid-19 através dos exames RT-PCR, conhecidos como ‘testes do cotonete’ pela população. No seu último boletim, elaborado no último domingo (13), a Sesab informou que 40,64% das amostras se mostraram positivas. Ou seja: de cada dez ‘cotonetes’ aplicados em pessoas com suspeita da doença, quatro saem com a presença do vírus. Um resultado não muito diferente de dois meses atrás, quando o Lacen bateu a marca de 1 milhão de testes de covid e quase 40% acusavam a infecção.

Embora o laboratório público tenha contratado mais pessoal para acelerar o processo de análise e o funcionamento seja de 24h por dia, sete dias por semana, a demanda continua forte: são cerca de seis mil amostras que têm chegado até a unidade central. E, com a proximidade das festas juninas, mais uma data festiva onde a população tradicionalmente se reúne, a sirene vermelha permanece ligada, pois é alta a chance de pessoas voltarem com suspeita da doença, e consequentemente haverá ainda mais amostras a serem avaliadas. “Todo período festivo, mesmo que seja de forma familiar, implicou duas semanas depois no pico da doença. Se nós tivermos tantos contaminados, infelizmente poderemos ter um mês de julho ainda pior do que foi o mês de março”, alertou o governador da Bahia, Rui Costa, que continuou a apelar para o uso de máscaras por parte da população enquanto a cobertura vacinal não se amplia.

Além da crescente no número de contaminados, essa porcentagem de testes positivos diz muito sobre o controle da pandemia. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma taxa de positividade inferior a 5% seria sinal de que a infecção está controlada. Assim, a Bahia tem oito vezes mais contaminações confirmadas do que o desejável. Com a suspeita de que a variante indiana chegou na Bahia, a testagem se torna ainda mais importante, especialmente para se ter um melhor enfrentamento da doença; de acordo com a plataforma Info Tracker, desenvolvida entre as universidades paulistas USP e Unesp, que monitora o comportamento da pandemia, a quantidade de testes ainda é muito pouca diante do possível contingente de contaminados; circulando livremente, formam o cenário ideal para as variantes da covid-19. “À medida que um vírus se replica, ocorre uma mutação. Essa mudança pode não ser patogênica, mas uma ou outra mutação pode resultar em um vírus com uma característica vantajosa para ele e ruim para o paciente”, afirmou a imunologista Ana Marinho.


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