Romildo de Jesus / Tribuna da BahiaPor Mariany Dantas
Com tarifas mais em conta, o serviço de transporte por aplicativo tem se tornado atrativo para muita gente. Com isso, as corridas por taxis têm diminuído. O faturamento da categoria registrou uma queda de cerca de 75%. Se há dez anos, os profissionais chegavam a faturar R$ 200 por oito horas trabalhadas, hoje esse valor gira em torno de R$ 40 a R$ 50, só que numa carga horária maior: 14 horas.
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De acordo com o presidente do Sindicato dos taxistas, Dennis Paim, a frota de táxi tinha cerca de 21 mil taxistas e atualmente o número caiu para em média 3,5 mil, ou seja, a capital baiana teve uma redução de 85% na quantidade de veículos circulando.
O preço do alvará também sofreu alterações. Em 2015, chegou a custar R$120 mil. Atualmente, o preço aproximado é R$4 mil, causado pela baixa procura do serviço. Esse impacto também é observado pelos próprios taxistas, que procuram formas para complementarem a renda mensal. “Muitos dos meus colegas vendem confecções dentro do próprio carro ou até usam o carro para transporte de móveis para sobreviver” citou Dennis.
Pandemia
A pandemia também contribuiu para a queda das corridas, o que fez com que muitos desses taxistas migrassem para outras profissões. Muitos decidiram até pela não utilização de veículos para a busca de novos empregos.
Jeovã Araújo, 40 anos, trabalhou como taxista por quatro, mas desistiu da profissão com a chegada dos aplicativos. “A renda ficou muito difícil e no fim do mês não fechava. Tive que recorrer aos carros de aplicativos também, e atualmente trabalho como Uber”, relatou.
Dificuldades
Nicole Rocha, 20 anos, filha de um ex-taxista, conta que legalização das corridas por aplicativos também foi motivo para a queda por procura de táxis. “Meu pai conseguia pagar tranquilo o aluguel do táxi, viver bem, conseguia juntar dinheiro, depois ficou mais difícil”, conta Nicole.
