15/06/2021 às 15h12min - Atualizada em 15/06/2021 às 15h12min

Ex-prefeitos de Eunápolis e Porto Seguro são presos por desvios milionários

Os presos eram envolvidos em esquema de fraudes e desvios de recursos públicos em prefeituras baianas.

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Reprodução

Nesta manhã (15), a Polícia Federal prendeu seis pessoas investigadas na Operação Fraternos, que teve o objetivo de desarticular a organização criminosa responsável por fraudar e desviar cifras milionárias em dezenas de licitações realizadas pelas prefeituras municipais de Porto Seguro, Eunápolis e Santa Cruz Cabrália, entre os anos de 2008 e 2017.

Foram presos os ex-prefeitos José Robério Oliveira e Cláudia Oliveira, de Eunápolis e Porto Seguro respectivamente, ambos do Partido Social Democrático (PSD). Também são alvos: Humberto Adolfo Gattas Nascif Fonseca Nascimento, Ricardo Luiz Rodrigues Bassalo, Marcos da Silva Guerreiro e Edmilson Alves de Matos. Apenas um deles foi preso. Os outros três são considerados foragidos.

As prisões preventivas foram expedidas pelo Juízo da Vara Criminal Federal de Eunápolis, a partir de representação encaminhada pelo Ministério Público Federal, sendo cumpridas em Eunápolis, Porto Seguro, Vitória da Conquista e Salvador. Foi determinado ainda o afastamento do cargo do atual prefeito de Santa Cruz Cabrália, também investigado na operação, além do sequestro de bens e valores dos investigados.

Entenda o caso

A Operação Fraternos, desenvolvida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), investigou uma organização criminosa que, entre os anos de 2008 e 2017, atuou nas prefeituras de Eunápolis, Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, fraudando licitações e desviando recursos públicos para empresas controladas pelo grupo ou por laranjas.

Na investigação ficou comprovado que o grupo se instalou inicialmente na Prefeitura de Eunápolis, se expandindo nos anos seguintes para as prefeituras de Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro. Para fraudar as concorrências públicas, o grupo criou mais de dez empresas de fachada em nome de parentes e simulou a disputa entre elas em mais de 60 licitações.

Uma vez contratadas, as empresas desviaram grande parte dos recursos recebidos pelos municípios para contas de operadores financeiros da organização criminosa que, em seguida, devolviam o dinheiro desviado para os líderes da organização por meio de diferentes mecanismos, como: compra de imóveis de luxo; quitação de dívidas milionárias contraídas por um dos prefeitos; pagamento de despesas pessoais e realização de evento de promoção de um dos prefeitos envolvidos, que contou com a participação de artistas famosos.

Também foi possível apurar que o grupo contava com a participação de vereadores de um dos municípios, destinatários de parte dos recursos desviados, e que, apesar da reiterada reprovação das contas pelo Tribunal de Contas do Município durante os dois mandatos exercidos pelo gestor, eram aprovadas pela Câmara Municipal.

*Com informações de G1 Bahia


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