14/06/2021 às 17h47min - Atualizada em 14/06/2021 às 17h47min

O convite de Lula a trabalhadores e artistas: reconstruir o país

“Não tem mágica. Nós vamos ter que reconstruir com a nossa competência, com a nossa inteligência e com a nossa disposição”, disse Lula em um dos encontros do qual participou no fim de semana

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Ricardo Stuckert

No fim de semana, o presidente Lula participou de diferentes encontros, no Rio de Janeiro, com representantes de vários setores sociais, como líderes comunitários e de movimentos populares, artistas, comunicadores e trabalhadores. Em todos eles, uma mensagem predominou: o convite para que todos se empenhem na reconstrução do país.

“Não adianta reclamar do que falta. Vamos construir. Este país não pode mais ser construído pelos de cima. Este país precisa ser construído, uma vez na vida, pelos de baixo”, disse Lula no sábado (12), em encontro com dezenas de lideranças comunitárias, movimentos sociais, ativistas e comunicadores. “Em 2002, era difícil achar uma menina e um menino com diploma universitário na favela. Hoje, já acha. E bastante. Então vamos colocar essa evolução que houve na periferia para reconstruir o modelo de Brasil.”

Segundo Lula, está na hora de o povo construir a “democracia verdadeira” no Brasil. “Democracia não é algo vazio. A democracia não é apenas o direito da gente gritar que está com fome. Democracia é o direito da gente comer. Não é apenas o direito da gente gritar que quer ter escola, é a gente ter de verdade. Não é ter o direito de dizer que a gente quer ter transporte público de qualidade, é a gente ter o transporte público de qualidade. É transformar os desejos em realidade”, afirmou (assista ao discurso abaixo).

No encontro com a classe artística, no mesmo dia, Lula fez convite semelhante. “É preciso que vocês ajudem a reconstruir este país. É preciso que a gente veja a cultura como uma indústria de produzir cultura e riqueza neste país. A gente não pode achar que colocar dinheiro na cultura é gasto. Porque é a maldita mania: tudo que se dá pro rico é investimento, tudo que se dá pro pobre é gasto. Tudo que se dá pro rico é investimento, tudo que se dá pra educação é gasto. Mas quanto mais investirmos na cultura, mais ajudaremos o povo a defender seus direitos e a fazer uma revolução democrática e pacífica”, pregou.

Diálogo sem ódio

Lula lembrou que não há como fazer mágica. É preciso se unir e convencer a sociedade a escolher o caminho da igualdade e da solidariedade. “Não tem mágica. Nós vamos ter que reconstruir com a nossa competência, com a nossa inteligência e com a nossa disposição. É possível fazer isso conversando com a sociedade brasileira, não marginalizando ninguém, mas convencendo as pessoas, como fizemos da outra vez”, defendeu.

“Não é destilando ódio a quem nos odeia hoje. Para quem nos odeia hoje, nós precisamos ensinar que amar, gostar e ser bom é melhor que ser canalha, ser mau e odiar. A gente precisa mostrar que não vai construir um país de amor e de harmonia facilitando a venda de pistola, de bala, de rifle, de metralhadora. A gente vai melhorar este país fazendo com que as pessoas recebam livros, tenham acesso à escola e o acesso à cultura seja incentivado pelo Estado”, acrescentou (clique aqui para assistir).

A agenda de Lula no Rio de Janeiro foi iniciada na sexta-feira (11), quando o presidente visitou um estaleiro em Niterói, que tem sido sucateado com o desmonte da indústria naval, iniciado após o golpe contra Dilma Rousseff.

Ali, Lula disse aos trabalhadores: “Não deixem destruir o que vocês construíram. Porque o governo apenas incentivou, mas quem construiu foram vocês. A gente deve reagir e defender este país, porque este país não é do Bolsonaro, é do povo brasileiro. Nós vamos reconstruir a indústria naval deste país”, garantiu.

 


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