11/06/2021 às 08h54min - Atualizada em 11/06/2021 às 10h20min

Contra crescimento de tentativas de fraude, fintech aumenta equipe e adota mais ferramentas de proteção

SuperSim aperfeiçoou seus procedimentos de segurança após megavazamento de dados de brasileiros no fim do ano passado

DINO
http://www.supersim.com.br


A partir do fim do mês de novembro de 2020, a SuperSim, fintech de microcrédito voltada para as classes C e D, passou a monitorar um sensível aumento do número de tentativas de fraude em solicitações de empréstimo feitas à empresa. Em geral, são pedidos realizados por golpistas que utilizam dados de outras pessoas a fim de obter crédito. Segundo a empresa, que recebe mais de 100 mil pedidos de empréstimo por mês, esta é uma possível consequência do megavazamento de dados de brasileiros que ocorreu no entre o fim do ano passado e começo de 2021.

A média de tentativas de fraude entre os meses de dezembro e janeiro foi 27% maior do que a de novembro. Todos estes pedidos foram negados pela empresa, que passou a investir em diversos mecanismos de prevenção contra golpes, além de aumentar a equipe especializada em analisar as informações de cada solicitação suspeita.

"Nós terminamos o ano de 2020 com 14 pessoas envolvidas na análise dos pedidos suspeitos. Hoje, esta equipe já é de 27 colaboradores", conta Antonio Brito, CEO da SuperSim, que comandou o trabalho de aumento na segurança. Ele detalha alguns procedimentos que passaram a ser adotados para prevenir a ação dos bandidos.

Em geral, os empréstimos concedidos pela SuperSim caem quase em tempo real na conta do cliente. No entanto, muitas vezes é preciso uma análise mais minuciosa, quando existem informações não condizentes ou que despertam alguma suspeita. A equipe da empresa passou a analisar até mesmo o tempo que o usuário demora para preencher o cadastro. "Existe uma média de tempo que uma pessoa utiliza para preencher os seus dados. Quando ocorre uma distorção muito grande neste período, é muito provável que estejamos diante de uma operação fraudulenta", comenta Brito.

A quantidade de erros de digitação que ocorreram durante o preenchimento da ficha também é verificada. Quando estes erros ocorrem repetidas vezes e em determinados campos já é possível identificar possíveis golpes. Mas a plataforma reconhece quando o preenchimento é feito de modo automático, pois muitos usuários já deixam os dados salvos nos dispositivos que utilizam.

Uma outra ferramenta muito importante é a geolocalização. Se o lugar de onde está vindo o pedido de empréstimo é muito diferente daquele que consta no cadastro ou em seus documentos pessoais, a equipe de análise mais uma vez redobra a atenção. "O sistema de segurança é capaz de identificar se o usuário está utilizando uma VPN para fazer a solicitação. Ao mesmo tempo, nós utilizamos mais perguntas de checagem que somente o cliente saberia responder", diz.

Entre as tentativas de fraudes mais comuns, também há casos de familiares se passando por outros e uso de CPFs de pessoas falecidas. Em todos os casos, porém, existe uma característica comum: a existência de uma conta bancária falsa, tanto de bancos digitais quanto de grandes instituições financeiras.

Antonio lembra que existem meios para que o usuário consiga se proteger de tantos golpes. "O Banco Central disponibiliza em seu site o Registrato, onde a pessoa pode conferir todos os relacionamentos que possui com instituições financeiras. É importante também checar com frequência a situação do seu nome em aplicativos como o do Serasa. A vigilância é a melhor solução nestes casos".




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