08/06/2021 às 08h51min - Atualizada em 08/06/2021 às 08h51min

“Não podem imaginar o que sofri” diz Otto, sobre fala em CPI

Otto Alencar falou sobre ter sido alvo de uma representação do Conselho Federal de Medicina, que recrimina a conduta dela na CPI

AB NOTICIAS NEWS
TRIBUNA DA BAHIA
Jefferson Rudy/Agência Senado

Por Rodrigo Daniel Silva 

Depois de se destacar na CPI da Covid, sobretudo, durante o depoimento da médica Nise Yamaguchi, o senador baiano Otto Alencar (PSD) virou alvo dos aliados do governo federal. Ontem, ele rebateu as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos apoiadores. Em sua live (transmissão ao vivo de eventos e entrevistas nas mídias digitais), Bolsonaro afirmou que não aceitaria ser convidado, pela comissão, por uma “figura desqualificada”, como Otto Alencar. 

O senador disse que não teme os ataques. "As pessoas distorcem os fatos para tentar deslustrar a imagem de quem está debatendo um tema tão grave, sério como essa questão da pandemia. Aí vem fake news, mentira, difamação, que é prática já conhecida dos bolsonarismo. Eu passei por isso, quando votei contra o impeachment da presidente Dilma. Não podem imaginar o que sofri. Mas não me dá um mínimo de medo, receio, Deus quando dá uma missão difícil para o inimigo que são covardes, dá também a força para (a gente) enfrentar. Eu, dentro da razão, não vou ter receio nenhum”, ressaltou. 

 Nas redes sociais, o filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, publicou fotos do filho de Otto Alencar, o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD), sem máscara em aglomerações. “Se é do bem… pode tudo e nenhum questionamento ou narrativa existirá! Só o amor e a ‘ciência’! Segue o circo!”, atacou. Os fatos divulgados por Carlos são verdadeiros. 

Ainda na entrevista de ontem, Otto Alencar falou sobre ter sido alvo de uma representação do Conselho Federal de Medicina, que recrimina a conduta dela na CPI.  

“Eu tomei como surpresa porque não cometi nenhum ato que fosse antiético ou que fosse de encontro ao que está estabelecido no estatuto, no regulamento do Conselho Federal de Medicina. A alegação é que, na oitiva que fiz lá com a doutora Nise Yamaguchi, eu fui muito intensivo nas perguntas.  Eu não fiz isso, de maneira nenhuma, para deixar a doutora com dificuldades. O que aconteceu é que, após quatro horas de responder as perguntas, todos os senadores ficaram olhando e observando, que além de responder, ela tergiversa muito. Ela defendia, ano passado, imunidade de rebanhos para uma doença tão grave. E no momento de responder na CPI, negava. Dizia que não fez isso, que não era bem isso. Ela foi uma das principais vozes contra a vacina.  E na oitiva, disse que não era bem o que ela falou. Tudo que ela disse no passado, ela não confirmava naquela oitiva. Resolvemos, então, perguntar se ela tinha conhecimento suficiente para orientar o gabinete paralelo, que orientava o ministro Eduardo Pazuello (...) Perguntamos coisas simples para saber”, explicou. 


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Mande sua denuncia, vídeo, foto
Atendimento
Mande sua denuncia, vídeo, foto, pra registrar sua denuncia