Só em 2017, foram mais de 307 mil óbitos por doenças cardiovasculares, o que significa 829 mortes por dia, ou 34 óbitos por hora. Doenças como a hipertensão, o infarto e o AVC têm a hipertensão arterial como principal fator de risco. A pressão alta (como é conhecida popularmente) afeta, pelo menos, 25% da população adulta no país.
Os dados divulgados são do SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), do Ministério da Saúde, que se utiliza de datas comemorativas, como o Dia Nacional do Combate à Hipertensão, para reforçar o alerta de cuidados com a saúde por meio de hábitos saudáveis e reeducação alimentar.
O alto consumo de sal é fator de risco intrínseco à hipertensão
O consumo de sódio em excesso aumenta o risco de doenças do coração, principalmente a hipertensão. O IBGE já divulgou informações apontando que dois terços do consumo de sal do brasileiro vêm do hábito de deixar o saleiro à mesa durante as refeições. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares, o brasileiro consome mais que o dobro da quantidade recomendada de sal. São 12 gramas consumidos por dia, sendo que o limite máximo deveria ser de 5 gramas.
Ainda que 70% das mulheres e 90% dos homens ingiram mais sal do que o limite recomendado, mais de 85% da população adulta acredita que seu consumo de sódio é adequado (dados da pesquisa Vigitel). Isso só reforça o alerta sobre a percepção de consumo equivocada e o uso excessivo do sal.
Prevenção é o melhor remédio
A Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN), do Ministério da Saúde, aponta para a importância de evitar deixar o saleiro à mesa durante as refeições, além de reduzir a quantidade durante as preparações culinárias. Apesar de já existirem iniciativas para a redução de sódio em alimentos industrializados, o brasileiro ainda não está muito preocupado em diminuir o consumo de sal.
Por outro lado, graças a acordos firmados entre o Ministério da Saúde e a Indústria Brasileira, mais de 17 mil toneladas de sódio já foram retiradas de alimentos industrializados que chegariam à mesa dos brasileiros. Essa parceria, entre o Ministério e a Associação Brasileira das Indústrias (Abia), foi renovada até 2022.
O perigo do sedentarismo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um a cada quatro adultos não é praticante de atividade física. Entre os adolescentes (de 11 a 17 anos), quatro a cada cinco já podem ser considerados sedentários. Enquanto nos adultos, o sedentarismo está presente em quase 25% dos indivíduos, nos mais jovens esse índice sobe para mais de 80%.
Pessoas que não praticam nenhum tipo de atividade física têm chances maiores de desenvolver doenças cardíacas, como hipertensão, AVC, infarto e até mesmo câncer de mama e câncer colorretal. Os exercícios físicos também auxiliam no controle do peso, o que previne contra a pressão alta.
Profissional de cardiologia é o único que pode prover o diagnóstico
O Hospital Santa Cruz possui equipes de cardiologia preparadas para atender a pacientes com hipertensão e outras doenças do coração, por meio de consultas individuais com médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde.