02/06/2021 às 09h11min - Atualizada em 02/06/2021 às 09h11min

Bolsonaro recebe convite do Patriota e promete resposta sobre filiação em 15 dias

A conversa ocorreu um dia após o senador Flávio Bolsonaro (RJ) assinar a ficha no Patriota.

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Estadão Conteúdo
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O presidente Jair Bolsonaro recebeu ontem o presidente do Patriota, Adilson Barroso, no Palácio do Planalto, que disse esperar “com muita honra” a filiação dele ao partido. A conversa ocorreu um dia após o senador Flávio Bolsonaro (RJ) assinar a ficha no Patriota. 

Embora nos bastidores do Congresso a ida de Bolsonaro para o Patriota seja dada como praticamente certa, Barroso disse ao Estadão que as negociações ainda não terminaram. De acordo com ele, o presidente ainda vai consultar aliados e se comprometeu a dar uma resposta em 15 dias. 

A conversa no Planalto durou cerca de 20 minutos. Ao Estadão, Barroso afirmou que não entregará o comando da legenda para Bolsonaro, a quem definiu como “parceiro”. 

"Eu tenho certeza de que o presidente vai falar: ‘Quero o Adilson. Ele sabe pilotar esse avião, que é o Patriota'”, disse o presidente do partido. "Se ele pedir a presidência nacional do partido, vai por quem? Ele não vai querer ser. Além de tudo, ele é fiel, parceiro, não precisa tomar o partido, não. O partido é de nós todos." 

Apesar das declarações de Barroso, Bolsonaro já tentou ter o controle da direção nacional do Patriota, em 2017. À época isso foi justamente o motivo que emperrou a sua filiação e o fez migrar para o PSL, sigla pela qual se elegeu presidente, em 2018. 

Barroso negou, porém, que a articulação tenha sido feita por Bolsonaro e culpou o ex-ministro Gustavo Bebianno, morto em março de 2020. Bebianno era aliado de Bolsonaro e depois se transformou em adversário. 

"Nunca foi ele (Bolsonaro) que quis me tirar da presidência nacional do partido, pois sempre confiou em mim. Muito pelo contrário, foi o Bebianno que partiu para cima de tudo que é jeito porque ele queria ser presidente do partido, tanto que ele foi presidente do PSL", afirmou Barroso. 

Flávio se filiou nesta segunda-feira, 31, ao Patriota e indicou que seu pai, em campanha pela reeleição, seguirá o mesmo caminho. Essa possibilidade já provocou racha interno. Integrantes do Patriota entraram com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alegando que mudanças promovidas às pressas no estatuto da legenda tiveram como único objetivo beneficiar a família Bolsonaro. 

O senador participou da convenção nacional do Patriota, nesta segunda-feira, por videoconferência. Na semana passada, ele deixou o Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, dizendo que se filiaria ao mesmo partido a ser escolhido pelo pai. Em seu discurso, Flávio elogiou o Patriota e disse ter certeza de que todos vão “caminhar juntos” para a campanha de 2022, construindo “o maior partido do Brasil”. 


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