26/06/2019 às 14h12min - Atualizada em 26/06/2019 às 14h21min

Mães contam como conseguem conciliar o empreendedorismo e a maternidade

A maternidade combinada à rotina do mercado de trabalho é um desafio e uma realidade para muitas mulheres.

DINO
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Empreender e administrar uma empresa são consideradas algumas das tarefas mais complicadas do século. Agora imagine conciliar todos os problemas do dia a dia com a maternidade. A tarefa não é fácil, mas existem milhares de mães que se propõem a este desafio diariamente.

É o caso de muitas participantes das Missões de Negócio ao Vale do Silício e quatro delas aceitaram dividir suas experiências.

Rossana Cristina Ribeiro Morais mora em Governador Valadares (MG) e possui dois filhos, o Arthur de 16 anos e a Sofia de 13 anos. Como coordenadora do curso de Sistemas de Informação na universidade em que leciona, exerce atividades administrativas.

“A minha rotina é corrida. Cuidar dos filhos e entender demandas desta fase de adolescência, acompanhar questões escolares, dar suporte nas dificuldades, indecisões, dúvidas, incertezas, no processo de aprendizagem. É preciso estar bem perto pelos conflitos comuns da idade, questões que permeiam esta fase da vida, e a mãe tem um papel muito importante nesta hora”, afirma.

Além de ser mãe, trabalhadora e esposa, Rossana não se esquece da importância de olhar para si.

“Sempre busco crescimento pessoal e profissional, atividades físicas, curso de línguas. Estar em contato com amigos. Gosto de me envolver no desenvolvimento de ecossistemas e inovações da região, de forma voluntária”, relata.

Crismeri Delfino Corrêa (52), moradora de Porto Alegre (RS), é psicóloga, empresária e mãe de Daniela e Eduarda, gêmeas de 14 anos.

“Fui mãe mais velha, tive minhas filhas com 38 anos e sempre trabalhei mesmo com elas pequenas. Tive que me adaptar a vida de trabalho e filhas, e agora a adolescência exige bastante diálogo. Uma das coisas que procuro fazer é manter equilíbrio pessoal, profissional, social, e manter relação com amigos, pais e marido”, detalha.

Mara Almeida (55) é mãe do João Pedro (30) e administradora, especialista em dinâmica de grupos, consultora organizacional, carreira e negócios.

 “Eu costumo dizer que meu filho é o meu coração batendo fora do peito. Ele é meu melhor amigo. Minha fonte de amor, paz e inspiração. Graças a Deus sempre conseguimos lidar muito bem em relação à criação do meu filho e minhas jornadas de trabalho, ele é meu maior incentivador na vida”, declara.

Nadia Bressan Hatakeyama (40), mãe do Natan de 7 anos e do Oliver, de 11 meses, aprendeu com seu filho mais velho que o importante não é a quantidade e sim a qualidade do tempo que passam juntos, e que às vezes mães que ficam o dia todo com os filhos acabam não aproveitando tanto, pois vira um costume.

“Quando chego em casa, a saudade é tão grande, que não existe distração, é um momento de estar com eles. É uma conexão que supera um monte caso ficasse o dia todo com eles”, detalha.

A empresária ainda afirma que não existe fórmula mágica, mas que as decisões devem ser ponderadas.

“Acredito que a vida pede um preço, se você acredita que deva viver o momento de criação única dos filhos viva, mas creio que empresárias quando ficam um tempo paradas, a reiteração no mercado de trabalho cobra o seu preço”, afirma.

A constatação de Nadia se comprova por meio de uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2017 que alega que metade das mães perde o emprego em até dois anos após a licença. Outra pesquisa realizada pela empresa Catho declarou que 28% das mulheres deixaram o emprego com a chegada da maternidade, um percentual cinco vezes maior que os homens. Ao mesmo tempo em que a Rede Mulher Empreendedora, constatou que 75% das mulheres brasileiras abriram seus próprios negócios após terem filhos.

Percebe-se que o advento da maternidade é acompanhado de muitas mudanças e que, apesar de muitas vezes o mercado não ser acolhedor, as mães encontram soluções para equilibrarem todos os aspectos de sua vida.

Sejam empresárias, empreendedoras ou funcionárias, sabe-se que as mulheres desenvolvem diversas habilidades com a maternidade que podem auxiliar no dia a dia do trabalho como, por exemplo, organização, liderança e gestão do tempo. Portanto, é necessária atenção às pessoas e ao que elas têm a oferecer, olhar mais para suas habilidades e capacidade, do que sua vida pessoal, afinal de contas, em se tratando de mães o que mais se vê é inovação e comprometimento.



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