21/04/2021 às 15h13min - Atualizada em 21/04/2021 às 15h13min

EUA querem cronograma de desmate do Brasil e metas mais ambiciosas

Os sinais dados pelo governo brasileiro até agora, dizem fontes, são positivos e mostram que há espaço para colaboração entre o time de Biden e o governo Bolsonaro.

AB Notícia News
ESTADÃO CONTEÚDO
Carlos Fabal / AFP
Na próxima quinta-feira, durante a cúpula do clima organizada pelos Estados Unidos, a Casa Branca espera que o Brasil apresente um compromisso político claro e pragmático com a preservação ambiental. 
 
Isso inclui um cronograma de redução gradual do desmatamento e uma meta mais ambiciosa do que a atual para redução de emissões de carbono. O evento será o mais importante teste das relações entre os dois países desde que teve início a presidência de Joe Biden, em janeiro. 
 
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao presidente americano, na qual se comprometeu em acabar com o desmatamento ilegal no País até 2030 -- uma meta que deriva do Acordo de Paris, assinado em 2015 pelo Brasil. Ainda que o compromisso já existisse, americanos consideram que foi importante ter o sinal do presidente do País de que irá trabalhar para implementá-la. 
 
Ter sinais políticos do atual governo brasileiro, dizem os americanos envolvidos nas negociações, é um bom passo, mas não o suficiente. Segundo eles, é papel de todo país signatário do Acordo de Paris lembrar e cobrar os demais a cumprirem suas obrigações. Por isso, representantes do governo Biden querem ver o plano de como o Brasil vai atingir o fim do desmatamento ilegal em 2030. Eles esperam uma estratégia clara na qual o Brasil mostre o que pretende atingir no curto prazo -- ou seja, nos próximos meses. 
 
Os sinais dados pelo governo brasileiro até agora, dizem fontes, são positivos e mostram que há espaço para colaboração entre o time de Biden e o governo Bolsonaro. Eles garantem, no entanto, que não irão avaliar só palavras, mas resultados e que querem ver a redução no desmatamento neste ano. 
 
Os americanos também consideram que a meta de redução de emissões do País pode ser mais ambiciosa. O discurso de Washington é de que nenhum país tem feito o suficiente nessa área, nem mesmo eles. Mas os EUA pretendem anunciar nesta semana a revisão de suas metas de redução de emissões de carbono, além de pacotes de regulação empresarial em diversas áreas para reduzir o impacto ambiental, com intuito de pressionar os outros países a seguirem pelo mesmo caminho. Esperam, por outro lado, que o Brasil faça o mesmo tipo de movimento. 
 
O governo Bolsonaro reafirmou a meta de redução de 43% nas emissões até 2030, com base no que era emitido no País em 2005. Este compromisso tinha sido feito pelo governo de Dilma Rousseff em 2015 no âmbito do Acordo de Paris. 
 
Fonte: Estadão Conteúdo 


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