05/04/2021 às 18h48min - Atualizada em 05/04/2021 às 18h48min

Petroleiros da Bahia dão uma trégua no movimento e reiniciam negociação com a Petrobras

Durante o movimento grevista, trabalhadores próprios e terceirizados relataram pressão e assédio de gerentes da RLAM.

AB Notícia News
Tribuna da
Agência Petrobrás / Geraldo Falcão / Direitos reservados
Em greve há 30 dias por direitos e empregos, os petroleiros da Bahia suspenderam o movimento na noite do sábado (03), de forma temporária, após a Petrobras enviar documento ao Sindipetro Bahia indicando a vontade de retornar à mesa de negociação com a entidade sindical. 
 
A primeira reunião para discutir diversos assuntos, como o tratamento que será dado pela empresa a respeito dos dias e horas parados, a questão da parada de manutenção da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e da continuidade de discussão da pauta corporativa de interesse dos trabalhadores próprios e terceirizados, aconteceu no sábado.
 
Para o Sindipetro Bahia, o pedido de retomada da negociação – que havia sido suspensa pela própria Petrobras, motivando o retorno à greve no dia 05 de março – mostra a força do movimento da categoria, que, por diversas vezes, contou também com a participação dos trabalhadores terceirizados, que seguiram as recomendações do Sindipetro.
 
Mas para a entidade sindical, a volta à negociação - um desejo exposto pelo Sindipetro desde o início do movimento grevista – não acontece como deveria, dentro do “jogo” democrático negocial.
 
O Sindipetro ressalta que “apesar da legitimidade da greve, que não foi julgada abusiva e nem ilegal, a estatal usou o judiciário para atacar o direito de greve da categoria, com duas liminares, impondo multas vultosas à entidade sindical. A segunda liminar, que impõe multa de R$ 100 mil por dia, estabelece ainda o uso da força policial para reprimir e inibir o movimento”.
 
Política antissindical e assédio moral
 
O Sindipetro Bahia, demonstrando, mais uma vez, boa fé, volta à mesa de negociação dando mais uma oportunidade à direção da Petrobras de realmente avançar na pauta de reivindicações da categoria. Assim como discutir formas de compensação dos dias parados e o fim do assédio moral e da política antissindical, que se transformaram em ferramenta de gestão da estatal. 
 
Durante o movimento grevista, trabalhadores próprios e terceirizados relataram pressão e assédio de gerentes da RLAM. Muitos foram ameaçados e tratados de forma truculenta por estarem exercendo o seu legítimo direito à greve.
 
A trégua no movimento é uma tentativa de avançar na pauta corporativa em mesa de negociação, garantindo os direitos dos trabalhadores próprios e terceirizados. Sem perder de vista o julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que pode suspender a venda da RLAM.


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