02/03/2021 às 07h51min - Atualizada em 02/03/2021 às 07h51min

Distribuição de vacinas continua lenta e idosos aguardam ansiosos por sua vez

De uma estimativa de 1.991.594, desde o último dia 20 de janeiro até o momento foram vacinados 144.932 idosos.

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Tribuna da Bahia
Bruno Concha/Secom
Tribuna da Bahia, Salvador
02/03/2021 06:00 | Há 1 hora e 51 minutos
 
       Foto: Bruno Concha/Secom
Por Cleusa Duarte
 
A população de idosos estimada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em todo o Estado para vacinação contra a Covid-19 era de 555.763 (a partir de 75 anos ou mais), 1.426.043 (a partir de 60 até 74 anos) e 9.788 (para idosos internados em casas de repouso –ILPI, a partir de 60 anos). Até o momento foram vacinados 57.030 idosos entre 85 a 89 anos, 48.086 idosos a partir de 90 anos e 26.420 idosos entre 80 a 84 anos e 13.396 em ILPI. De uma estimativa de 1.991.594, desde o último dia 20 de janeiro até o momento foram vacinados 144.932 idosos. Em resumo, a distribuição dos imunizantes continua lenta e a vacinação segue a conta gotas.
 
De acordo com o infectologista Adriano Oliveira, que atua na linha de frente no combate à pandemia desde o seu início, as vacinas são seguras e efeitos adversos graves não foram associados a nenhuma das que estão em estudo ou que já estão sendo usadas no Brasil. O médico é titular da Sociedade Brasileira de Infectologia. “A pandemia ainda não acabou, é importante que as pessoas, mesmo as que foram vacinadas, mantenham os cuidados com a higiene, uso de máscaras adequadas, lavagem das mãos e distanciamento social”, orienta o infectologista. O médico também lembra que após a aplicação da vacina, o sistema imunológico leva semanas para produzir anticorpos neutralizantes.
 
Em relação aos idosos o especialista destaca, “a importância da vacinação para idosos, é porque esta é a faixa-etária mais atingida pela doença e a que tem maior número de complicações, além disso, é a de maior letalidade. Daí, a necessidade de proteção para que, deste modo, diminua o adoecimento da população. Mas, acima de tudo existe a necessidade de leitos hospitalares, pois predominantemente são eles quem ocupam as emergências. Assim vacinando, diminuindo os riscos aconteceria a desocupação dos leitos”.
 
A geriatra Juliana Rocha Queiroz argumenta, “apesar de muitas dúvidas das pessoas, a vacinação é a principal esperança para conter a disseminação do novo coronavírus. É importante porque promove proteção de duas formas: nível individual diminuindo risco de contrair a doença e outro o benefício coletivo e esta é uma das estratégias, a mais importante para que se consiga conter essa disseminação. Mais pessoas imunizadas menos números de pessoas infectadas. Além disso, no coletivo diminui a sobrecarga no serviço público de saúde. É preciso ter esperança de que governo e cientistas estão trabalhando juntos para conter essa pandemia”.
 
Dor profunda
 
A jornalista Viviane Gil perdeu a mãe em novembro passado, "pois é só um parente de familiar que passou por isso pode entender o que é não conseguir se despedir de quem amamos. A covid levou minha mãe. Meus pais contraíram a doença, porém ele sobreviveu, mas também não conseguiu se despedir dela. Imagina a dor para ele que é médico”.
 
Todos os dias em rede social, a jornalista cobra uma ação mais forte por parte do governo federal, no sentido de agilizar a ação de vacinação no Brasil, “se não tiver vacina só o lockdown”.
 
A idosa Luiza Fortes de 66 anos já está cadastrada na Secretaria de Saúde de Salvador (SMS) para tomar a vacina, “estamos na espera de chegar a nossa vez. Minha preocupação é com o marido que é cardiopata, ele tem 69 anos”.
 
Para reforçar a estratégia de vacinação contra o coronavírus em Salvador, a SMS convoca mais 77 técnicos em enfermagem para atuar na imunização. A lista foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) da última sexta-feira (26), e as contratações temporárias através do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda) estão previstas no Plano Municipal de Imunização da Prefeitura de Salvador.
 
O secretário municipal da Saúde, Leo Prates, apela para que os profissionais compareçam para avançar no combate ao vírus na capital. “Mesmo dependendo da logística federal para o envio das vacinas, Salvador se empenha em acelerar a imunização do público-alvo e proteger ao máximo possível de vidas. Os esforços das equipes se tornam cada vez mais necessários, portanto, devemos convocar mais trabalhadores para somar no serviço”.
 
Em relação às vacinas, o prefeito Bruno Reis disse que a expectativa é que o governo federal distribua, nesta quarta, amanhã (3), mais um lote com doses da Coronavac. Nas últimas 24h, a capital baiana tinha em torno de 2,7 mil doses que iam permitir a imunização do restante dos trabalhadores de saúde e idosos acima de 80 anos. “Se as doses se esgotarem, deveremos suspender atendimento e retomá-lo com chegada de outra remessa. Iremos apresentar o calendário a depender da quantidade que chegar”, destacou.
 
 


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