27/02/2021 às 21h03min - Atualizada em 27/02/2021 às 21h03min

Generais pedem que Bolsonaro “pare de show” e o chamam de “fanfarrão” e “arrogante”

Os militares decidiram ir para o ataque em conjunto nas redes sociais contra o que chamam de “show” do presidente Jair Bolsnonaro

AB Notícia News
Correio Braziliense
Reprodução
Os militares decidiram ir para o ataque em conjunto nas redes sociais contra o que chamam de “show” do presidente Jair Bolsnonaro. Sem nominá-lo, os generais Santos Cruz e Paulo Chagas classificam Bolsonaro de “arrogante e “fanfarrão”.
 
“Cansado de Show”, diz Santos Cruz. Segundo ele, “o Brasil não é um país de maricas. É tolerante demais com a desigualdade social, a corrupção, os privilégios”. Para ele, a população “votou por equilíbrio e união. Precisa, portanto, “de seriedade e não de show, espetáculo, embuste, fanfarronice e desrespeito”.
 
Paulo Chagas, por sua vez, afirma que há muito deixou “de dar atenção a pronunciamentos de fanfarrões, às suas ameaças absurdas e à exposição do seu despreparo e falta de maturidade”. No entender do general, “cabe-nos convidá-los a deixar a retórica dos discursos sem lógica e vir para o octógono da realidade provar o escopo da sua arrogância”.
 
As mensagens dos dois generais foram disparadas com diferença de pouco mais de meia hora cada uma. A ação orquestrada veio depois de um acerto entre militares descontentes com o presidente, que ameaçou demitir o autor da proposta de expropriar propriedades rurais e urbanas daqueles que tenham cometido crimes ambientais.
 
A proposta está sendo discutida no âmbito do Conselho da Amazônia, que é comandado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão. Bolsonaro disse a pessoa do governo que defende isso só não seria demitida se “fosse indemissível”. Mourão tem mandato. Nos últimos tempos, o descontentamento dos militares com os surtos de Bolsonaro tem aumentado muito. A fim de montarem uma estratégia para conter os arroubo presidenciais, os fardados têm se aconselhado com o general Villas Bôas.
 
Segunda onda
 
O presidente Jair Bolsonaro chamou de "conversinha" a possibilidade de uma segunda onda de contágio do novo coronavírus no Brasil. Para apoiadores nesta sexta-feira, 13, ele disse que se houver uma nova onda do vírus é preciso "enfrentar", caso contrário o País se tornaria uma nação de "miseráveis". Na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou sobre a pandemia da covid-19 ao comentar a atuação do ministérios de seu governo.
 
"Vocês vejam o que era antes, como eram os ministérios, como tudo era aparelhado no Brasil, e como estão funcionando apesar dessa pandemia aí, que nos fez gastar mais de R$ 700 bilhões", comentou. "E agora tem a conversinha de segunda onda. Tem que enfrentar se tiver (segunda onda). Se quebrar de vez a economia seremos um País de miseráveis. Só isso", declarou.
 
Nesta semana, enquanto países europeus já registraram indícios de uma segunda onda e o número de casos se mantém alto nos Estados Unidos, Bolsonaro minimizou a pandemia e disse o Brasil “tem que deixar de ser um País de maricas” e enfrentar a doença. "Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um País de maricas”, afirmou nesta terça-feira em evento no Palácio do Planalto.
 
Em conversa com apoiadores hoje, Bolsonaro evitou responder sobre quando um imunizante contra a covid-19 chegará ao Brasil. Ele reforçou ainda seu posicionamento contrário uma vacinação obrigatória. "Não vou fazer exercício de futurologia para você, tá certo? Tem certas coisas que não pode correr", respondeu a uma apoiadora que perguntou sobre quando a vacina estaria disponível.
 
 


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