20/02/2021 às 22h18min - Atualizada em 20/02/2021 às 22h18min

Rui Costa e ACM Neto se unem em críticas sobre vacinação no Brasil

Os dois líderes baianos cobraram maior eficácia do Plano Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde.

AB Notícia News
Tribuna da Bahia
Reprodução
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), voltaram a se unir ontem em críticas contra o Governo Federal. Os dois líderes baianos cobraram maior eficácia do Plano Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde. No momento, não há mais doses da vacina contra a Covid-19 na capital baiana. 
 
Rui subiu o tom contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem travado a liberação para aplicação de vacinas. "É uma insensibilidade enorme, uma falta de respeito com a vida humana inaceitável. Enquanto em outros países as suas respectivas agências aceleraram e já estão vacinando, a do Brasil segue um roteiro lento e burocrático", vociferou, em entrevista à TV Bahia.
 
O petista também anunciou que a Bahia pode tomar medidas mais duras contra a Covid-19 caso o índice de internações se amplie. "Nós não podemos repetir cenas que, infelizmente aconteceram em outros estados, de famílias desesperadas nas portas de UPAs ou de hospitais, ou chorando na porta de cemitérios os seus entes queridos".
 
Mais tarde, em entrevista à rádio BandNews, Rui também afirmou que o estado chegou ao maior número de pacientes internados em UTIs desde o início da pandemia. São 864 pessoas, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) atualizados às 14h40 de hoje. O maior número, até então, havia sido registrado em 2 de agosto (857 pessoas).
 
O governador lembrou que vários hospitais estão com 100% de ocupação dos leitos em diversas regiões do estado e disse que está preocupado com o ritmo de crescimento da doença nos últimos dias. Rui ainda informou que a restrição de circulação pode ser ampliada se os números subirem e que, a partir de agora, as decisões sobre outras medidas restritivas serão tomadas com base em análises de diárias da situação da doença no estado.
 
Para ACM Neto, "o Plano Nacional de Imunização é uma peça de ficção". "Enquanto a Covid-19 continua se espalhando rapidamente e passamos a lidar com uma nova cepa do vírus, possivelmente mais contagiosa e agressiva, o Brasil só vacinou 2,6% da população", declarou..
 
"O governo federal não pode mais se furtar às suas responsabilidades diante dessa tragédia sanitária e econômica. Precisamos vacinar o máximo de pessoas - e o quanto antes. Países que seguiram a recomendação da ciência já trazem evidências de que esse é o único caminho para salvar vidas e reaquecer a economia. É o caso de Israel, que vacinou quase metade da população e já é tido como exemplo mundial pelo planejamento e agilidade", completou Neto.
 
UPB APOIA TOQUE DE RECOLHER - Devido ao aumento no número de mortes por Covid-19 na Bahia, o governo do estado decretou toque de recolher que valerá por sete dias, das 22h às 5h, em 343 cidades da Bahia. A medida tem como objetivo conter as taxas de contágios do novo coronavírus e o número de casos ativos no estado, que registrou 64 mortes em 24 horas. A restrição compreenderá o período das 22h às 5h, exceto nas cidades da região Oeste, em Irecê e Jacobina, que apresentam os três menores índices de ocupação de leitos de UTI para a Covid-19.
 
Preocupado com a situação do estado, o presidente da UPB, Eures Ribeiro, concedeu entrevista a alguns veículos da imprensa baiana conclamando o cumprimento da medida. “A UPB tem buscado orientar todos os municípios da Bahia a cumprirem o decreto do Governo do Estado porque entendemos que seja a solução viável nesse momento para conter a contaminação. É muito preocupante a situação que a Bahia se encontra. Todos nós temos que dar as mãos, os municípios, o governo estadual e as autoridades para que possamos proteger as vidas dos baianos”, afirmou.


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