14/07/2020 às 09h21min - Atualizada em 18/07/2020 às 22h20min

Proposta de aquisição pode unir os dois maiores rivais do serviço de transferência internacional de dinheiro

O texto fala da possibilidade de união entre duas das principais empresas de transferência de dinheiro internacional

DINO
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O mercado de ações de empresas de tecnologia está agitado desde a notícia de que a Western Union fez uma oferta pública de aquisição da MoneyGram, negócio que poderá unir dois dos maiores rivais dos serviços de transferência internacional de dinheiro do mundo.

Ainda não houve um comunicado oficial sobre a fusão entre as duas gigantes, mas um relatório publicado pela Bloomberg sugere que a negociação vai acontecer. Esse rumor foi suficiente para causar alvoroço entre os investidores.

No pregão imediatamente posterior à divulgação da possível compra, as ações da MoneyGram chegaram a subir 50% no momento de pico, enquanto, as da Western Union chegaram a 12%, revelando um movimento curioso do mercado.

Normalmente, quando uma possível compra é anunciada, a empresa adquirida tem um ganho substancial enquanto a compradora registra queda. A valorização das ações das duas companhias pode ser um sinal de que os investidores consideram que o negócio será bom para a Western Union.

As duas empresas têm investido bastante no reforço de seus canais on-line nos últimos tempos, porém, ainda dependem muito do suporte off-line oferecido por suas agências físicas espalhadas no mundo. Unir as forças daria a ambas um alcance enorme.

Embora ainda lucrativa, a MoneyGram sofreu o baque provocado pelo novo coronavírus no mundo, precisando fechar muitas agências. Isso é um problema, considerando que a empresa de remessa tem investido muito mais recursos tecnológicos em agências digitais ao invés de desenvolver sites ou aplicativos móveis.

Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2020, apenas 18% das transferências da MoneyGram foram feitas on-line.

Trata-se de uma questão para as duas empresas em destaque. Por serem baseadas em taxas, tanto a MoneyGram quanto a Western Union estão enfrentando um mercado cada vez mais competitivo com a chegada das plataformas digitais, que fazem envios de remessas totalmente on-line e com tarifas reduzidas.

Western Union

Fundada em 1851 em Nova Iorque (EUA), a Western Union surgiu como uma empresa de telégrafos e, 10 anos mais tarde, alçou o posto de primeira empresa de telégrafos transcontinental.

A primeira incursão no mundo financeiro foi em 1971, quando usou sua extensa rede de telégrafos para fazer envios de dinheiro. Oito anos depois, esbarrou no avanço da tecnologia e perdeu espaço para o telefone no mercado de comunicação, focando somente na emissão de dinheiro.

Na década de 70 inovou ao se tornar a primeira empresa de telecomunicações da América a manter sua própria frota de geoestacionários. E foi na década de 80 que a Western Union abandonou a telecomunicação e começou a se firmar como empresa de transferências internacionais de dinheiro.

Sendo assim, esta é a plataforma mais tradicional do mercado, atuando em mais de 200 países ao redor do globo. O serviço funciona em parceria com agências bancárias tradicionais e algumas casas de câmbio. No Brasil, é possível enviar dinheiro para dentro ou fora do país.

O serviço funciona assim: o emissor precisa encontrar uma das agências físicas da Western Union munido de documento de identidade e informar o país de destino e os dados pessoais do beneficiário.

Para fazer a transferência a empresa usa a taxa de câmbio turismo, o que a permite obter receita por meio da operação.

O beneficiário não precisa desembolsar nada para receber o montante, apenas o emissário tem custos com a transação. O resgate pode ser feito cerca de 24h após o envio, por meio de agências bancárias ou casas de câmbio parceiras.

Atualmente, o valor da Western Union já está em US$ 8,2 bilhões, aproximadamente.

Money Gram

  MoneyGram também nasceu no Estados Unidos, sendo fundada em 1940 no Texas com o nome de Travelers Express. Seus negócios estão divididos em duas categorias: transferências de fundos globais e produtos de papel financeiro.

Foi em 1998, após diversas fusões, que a empresa se tornou o que é hoje: uma instituição financeira que oferece serviços como transferências internacionais de dinheiro e pagamento de contas.

Além de ordens de pagamento e terceirização de cheques oficiais, usados por beneficiários e empresas para o cumprimento de suas obrigações.

Para ter acesso aos produtos da MoneyGram, basta encontrar um agente da empresa, apresentar um documento de identificação com foto, preencher um formulário de envio.

Nesse documento deverá ser informado nome completo, número da identidade do beneficiário, bem como o local onde ele se encontra. Depois disso é só pagar o valor a ser enviado mais os custos da operação, em dólar.

A conversão do valor a ser enviada será feita primeiro para dólar e depois para euro (caso esta seja a moeda escolhida), ambas com margem de lucro.

O resgate pode ser feito via agência bancária escolhida pelo remetente ou diretamente em uma das agências da MoneyGram. Quem faz essa escolha é o remetente e isso pode influenciar no valor final a ser recebido por quem está no Brasil.

Atualmente, a MoneyGram tem um valor de mercado de cerca de US$ 155 milhões.



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