04/03/2019 às 15h13min - Atualizada em 04/03/2019 às 15h13min

Golpe ilegal, Brock Lesnar, recorde e Johnny Walker: o pós-título de Jon Jones no UFC 235, em Vegas

Após chegar a 12 lutas pelo título no UFC, Bones revela ter temido por desclassificação após joelhada ilegal em Anthony Smith, e elogia adversária após cinco rounds: "Poderia ter feito da maneira mais fácil para ele"

COMBATE Camilo Pinheiro Machado, Evelyn Rodrigues e Zeca Azevedo — Las Vegas, EUA
Jon Jones beijou o cinturão após a coletiva do UFC 235 — Foto: Zeca Azevedo

Próximo do fim do quarto round, Jon Jones disparou uma joelhada em cheio na cabeça de Anthony Smith. O árbitro Herb Dean resolveu parar a luta para analisar o golpe. Naquele instante, com a defesa do cinturão meio-pesado (até 93kg) encaminhada na luta principal do UFC 235 neste último sábado, o campeão temeu pelo pior. Veio à cabeça a luta com Matt Hamill, em 2009, quando registrou sua única derrota após disparar golpes considerados ilegais naquela oportunidade. O prejuízo foi menor dessa vez, com dois pontos retirados e nenhum prejuízo no fim.

- A joelhada ilegal foi totalmente sem intenção. Ele foi um cara duro e digno, porque dei um golpe ilegal. Tenho flashbacks com esses momentos. Vi Anthony Smith no chão e pensei: “Meu Deus, de novo?”. Mas ele teve um coração de leão. Ele poderia ter feito da maneira mais fácil para ele (...). É confusa essa mudança de regras, mas preciso ser profissional e seguir o que é certo. Eu cometi um erro e claro que teve uma galera que gritou: "Esse cara é um trapaceiro" (risos), mas tudo bem - disse Jones na coletiva após defender o título.

O campeão, que chegou a 12 lutas pelo título com vitória, ficando a apenas mais uma do recorde de Georges St-Pierre, teceu mais elogios ao desafiante Anthony Smith.

- Me sinto bem com a luta. Gostaria de terminar antes com ela, mas gosto da luta que aconteceu. Smith foi um dos caras mais duros com quem já lutei. Ele teve bastante calma e inteligência. Muitos ficam loucos contra mim, mas ele fez um grande trabalho. Sinto que poderia fazer mais, mas ao mesmo tempo ele fez um grande trabalho para atrapalhar meus planos. Ele estava preparado para a luta, fez uma boa luta agarrada, conseguiu levar a luta até o fim. Mas no fim do dia só quero entreter o público, dar divertimento a eles e manter meu cinturão.
 

Sobre o próximo desafio da carreira, o lutador de 31 anos preferiu não falar em nomes, ponderou sobre possível luta com Brock Lesnar e elogiou a nova geração da categoria meio-pesado.

- Vou ter que voltar para a academia e conversar com os meus técnicos, e verei o que é melhor para mim. Existem muitos grandes lutadores no UFC, vamos ver o que vai acontecer. E ver como meu corpo reage. Não posso tomar decisões por mim, isso é uma família, uma equipe (...). Faça um grande negócio e vemos o que acontece. Esse jogo contra Brock Lesnar me parece bem arriscado, precisam fazer isso acontecer de uma boa maneira para todos. E todos esses jovens lutadores merecem uma chance pelo título, não quero ficar numa situação de negar as coisas. Mas preciso falar com minha equipe, porque essa carreira não é minha, essa carreira é da minha equipe também.

 
Jon Jones exibe o novo cinturão do UFC após a vitória em Las Vegas — Foto: Zeca Azevedo

Jon Jones exibe o novo cinturão do UFC após a vitória em Las Vegas — Foto: Zeca Azevedo

Jon Jones exibe o novo cinturão do UFC após a vitória em Las Vegas — Foto: Zeca Azevedo

Jon Jones exibe o novo cinturão do UFC após a vitória em Las Vegas — Foto: Zeca Azevedo

Jon Jones exibe o novo cinturão do UFC após a vitória em Las Vegas — Foto: Zeca Azevedo

Questionado sobre possíveis semelhanças com a nova estrala brasileira Johnny Walker, Jon Jones fez questão de ressaltar que não há ninguém igual a ele.

- Acho que só existe um Jon Jones. Não vi a luta (de Johnny Walker), mas estou animado para o futuro da categoria. E acredito em mim mesmo e sei que todos farão da melhor maneira para deixar tudo mais difícil para mim, mas sei que sempre vou achar um caminho para a vitória.
 

E quando indagado sobre o encontro com o brasileiro, que postou a foto nas redes sociais, Jon Jones destacou o respeito, mas lembrou que o momento hoje é apenas dele.

- Tento me apresentar a todos os lutadores e tenho respeito por eles. Esse é meu tempo, minha era e esse cinturão me leva a novos desafios, e estou animado para eles.


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