25/04/2020 às 22h52min - Atualizada em 25/04/2020 às 22h52min

Pacientes com doenças crônicas precisam de maior cuidado

De acordo com o Ministério da Saúde a hipertensão arterial, o diabetes, cânceres e as doenças respiratórias crônicas representam as principais doenças crônicas não transmissíveis

Ab Noticia News
Por: Cleusa Duarte Tribuna da Bahia, Salvador
Foto: Reprodução

De acordo com o Ministério da Saúde a hipertensão arterial, o diabetes, cânceres e as doenças respiratórias crônicas representam as principais doenças crônicas não transmissíveis . Silenciosas, por se desenvolver ao longo da vida, elas são responsáveis por 72% óbitos no Brasil. Aproximadamente 57,4 milhões de pessoas possuem pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT) no país, por isso, todo o cuidado com estes pacientes é pouco em tempo de pandemia do coronavírus, eles são extremamente vulneráveis.

A última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Bahia em 2013 existiam 125 mil pessoas com diagnóstico médico de insuficiência renal crônica, 1,2% da população de 18 anos ou mais de idade. -193 mil pessoas tinham diagnóstico de alguma doença cardíaca, 1,8% da população baiana de 18 anos ou mais de idade. 2,1 milhões de pessoas tinham diagnóstico de hipertensão arterial, 20% da população de 18 anos ou mais ,-531 mil pessoas tinham diagnóstico de diabetes, 5,0% da população de 18 anos ou mais de idade. Ou seja, 28% baiana da população baiana sofria com doenças crônicas.

A diabetes, assim como a hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível. Diabetes e hipertensão estão em constante associação devido à frequência em que ocorrem e por serem considerados problemas de saúde pública no Brasil e no Mundo. Estas doenças apresentam aspectos em comum como origem, fatores de risco, complicações e formas de tratamento.

Diante destas vulnerabilidades muitas são as preocupações e cuidados que precisam ser tomados com esse grupo de riscos. O infectologista Lauro Ferreira, da Federação Brasileira de Infectologia destaca que, “ há um tripé das condições mais prioritárias, atualmente: pacientes cardiopatas, com diabetes e com doenças pulmonares crônicas são mais vulneráveis ao agravamento da Covid-19. Essas situações se agravam em pacientes idosos, a partir dos 60 anos.”

Ferreira ainda destaca, “no caso de doenças cardíacas, é uma grande preocupação. Sabemos que o coronavírus tem uma fase de muita inflamação, ativação de mediadores químicos, e mesmo interação com receptores em células cardíacas podendo levar a arritmias miocardite e insuficiência cardíaca. A gripe comum, por exemplo, aumenta várias vezes risco de infarto do miocárdio só por conta deste evento inflamatório.” No Brasil, a média anual de mortes por doenças cardiovasculares é de 350 mil. Com relação ao coronavírus, das 286 mortes investigadas, 57% eram associadas à cardiopatia.”

Além disso, doenças neurológicas, como AVC e Parkinson, são fatores de risco consideráveis, já que muitas vezes esses pacientes possuem capacidade pulmonar e mobilidade reduzidas, o que pode agravar a Covid-19. Pessoas com outras doenças crônicas, como asma e obesidade, também precisam tomar cuidado.

De acordo com o site do ministério da saúde , entre as recomendações gerais para evitar contágio estão :lavar as mãos frequentemente, restringir as visitas e evitar um contato físico com pessoas com algum problema de saúde, como gripes. O site alerta ainda que, para os pacientes crônicos “ . a recomendação é , se tiver febre, sintomas respiratórios, especialmente falta de ar e cansaço, o paciente deve procurar o pronto socorro, algo que ele já faria mesmo sem a pandemia do Coronavírus. ”


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