03/03/2019 às 20h28min - Atualizada em 03/03/2019 às 20h28min

Malafaia critica mensagem de Eduardo Bolsonaro sobre liberação de Lula para participar de velório de neto

Em postagem no Twitter, pastor pede compaixão a filho de presidente

O Globo
Presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), ao participar de culto com o pastor Silas Malafia Foto: Reprodução/Youtube
RIO - O pastor Silas Malafaiacriticou a postagem do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, sobre a liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que acompanhasse o velório do neto, na manhã do último sábado. Por meio do Twitter, Malafaia, que na campanha presidencial do ano passado caminhou ao lado da família Bolsonaro, pediu "compaixão" para o parlamentar. 

"O filho do presidente Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, perdeu uma ótima oportunidade de ficar de boca fechada na questão que envolve o funeral do neto de Lula. O sábio Salomão já dizia que até o tolo quando se cala, se passa por sábio. A FALTA COMPAIXÃO!", postou Malafaia na rede social.

O pastor ainda publicou uma mensagem para Lula: "MEUS SENTIMENTOS. Sou avô e entendo a dor de Lula. Deus console o coração dessa família. Só insensíveis para falarem asneira em uma hora dessa. Sou 100% contra Lula, mas nesse momento de dor profunda, não cabe conjecturas políticas. Essa é uma hora de compaixão, não de cobranças."

As postagens de Malafaia foram publicadas no sábado e as críticas de Eduardo, na sexta.  
Lula deixou Curitiba na manhã de sábado para acompanhar o velório do neto Arthur, de 7 anos, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A criança morreu em função de uma meningite meningocócica. O ex-presidente, que retornou à tarde para o Paraná, cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
O artigo 120 do Código de Execução Penal diz que uma das possibilidades em que condenados em regime fechado possam obter permissão para sair da prisão é a morte ou doença grave de "cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão". Só no primeiro semestre de 2016, 88.564 presos foram autorizados a deixar a cadeia para acompanhar enterros ou tratamento médico de familiares, de acordo com informações do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen).
Procurado, Eduardo Bolsonaro informou por meio de sua assessoria que não comentaria as críticas de Malafaia. 

 


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