Segundo Vitor Hugo, Bolsonaro receberá deputados e senadores do PSL para um café da manhã no Palácio da Alvorada na quarta-feira. No dia seguinte, será a vez dos líderes dos partidos que "tendem a compor a base" do governo. Somente PT, PSOL, Rede, PCdoB e PPL não serão chamados.
"Eu propus um café da manhã com a bancada do PSL e também sugeri na quinta um café com os líderes, e o presidente topou", afirmou Vitor Hugo. "Em relação aos partidos da oposição, o presidente determinou o convite ao PSB e ao PDT", disse.
O Palácio do Planalto também quer definir em breve a escolha dos deputados que ocuparão as 15 vagas de vice-líder às quais o governo tem direito na Câmara. Como missão, eles terão o papel de defender as medidas do governo tanto nas votações no plenário e nas comissões, como nos bastidores, convencendo os demais deputados da sua aprovação.
"Com essa modificação dos partidos – com deputados indo para um lado e para outro –, a gente não sabe exatamente como vai ficar, mas a minha intenção é que o PSL fique com mais de um vice-líder do governo porque é o partido do presidente, e depois uma vice para cada partido grande que vier para nós e, para os partidos menores, uma vice-liderança que consiga agregar", disse.
Vitor Hugo afirmou já ter uma ideia de nomes, mas que, antes de defini-los, irá conversar sobre o tema com os líderes de cada partido.
Sobre o tamanho da base do governo, o líder ponderou ainda que não há o número fechado de deputados.
'Margem de negociação'
De acordo com o líder do governo na Câmara, há "margem de negociação" para eventuais mudanças no texto. Acrescentou que o governo vai "estar aberto para interagir".
"Apresentar o projeto não quer dizer que o governo quer que seja aprovado aquele projeto. Ele sabe que o Congresso tem possibilidade de amadurecer, discutir, de incorporar modificações, sensibilizações, perspectivas regionais, tudo isso o Congresso sabe fazer, muito mais do que um órgão técnico", disse.
E acrescentou: "Na liderança do governo, nós não temos a pretensão de que essa proposta seja a ideal. Imagina. Nós temos aqui 513 deputados e 81 senadores. O contraste de ideias, de visões, de origens, de credos políticos e religiosos, tudo isso faz com que qualquer proposição que entre aqui saia muito melhor. E isso, com certeza, vai acontecer com a reforma da Previdência”.