Alguns medalhões da maior liga de basquete do mundo não carregam esse status desde sempre. No Jogo das Estrelas do próximo domingo, enquanto uns se acostumaram a ser o centro das atenções no cenário nacional desde seus 12, 13 anos, como LeBron James e Kevin Durant, outros tiveram um caminho diferente. Nomes como Stephen Curry, Kawhi Leonard e Russell Westbrook até brilharam no basquete colegial, mas não o suficiente para terem a honra de atuar no McDonald's All-American Game, o amistoso que reúne os melhores dos Estados Unidos.
Por outro lado, estar entre os 24 escolhidos para o Jogo das Estrelas do basquete colegial não é garantia de sucesso, quiçá de vaga na NBA. Jared Sullinger, Cheick Diallo e Shabazz Muhammad foram coroados MVP's do evento em anos recentes, mas tiveram ou têm tido passagens medíocres pela maior liga de basquete do mundo. Confira uma lista de grandes feras da NBA que embora já acostumadas aos holofotes da liga, "perderam o bonde" do evento mais badalado do basquete colegial.
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Duas vezes MVP e perto de seu sétimo All-Star, Stephen Curry cresceu em Charlotte, na Carolina do Norte, onde o pai defendeu os Hornets por 10 anos. Na cidade, jogou basquete colegial pelo Charlotte Christian School e ganhou prêmios individuais no estado. Apesar de futuramente ter se tornado um dos maiores armadores da história, não teve cacife para dar o ar da graça no McDonald's All-American Game.
MVP da final de 2013 e nativo da Califórina, Kawhi Leonard fez chover em seu último ano de colegial, anotando médias de 22.6 pontos, 13.1 rebotes, 3.9 assistências e 3.0 tocos por Martin Luther King High School. Sob a batuta de Leonard, aquela equipe que também tinha Tony Snell (Milwaukee Bucks), teve um retrospecto de 30 vitórias e 3 derrotas. Kawhi foi declarado California Mr. Basketball, o melhor jogador colegial de toda a Califórnia naquele ano, mas ficou fora do All-American.
Jogador que mais evoluiu na temporada 2014-2015, Jimmy Butler jogará no All-Star Game pela quinta vez na carreira. Só que o ala não teve todo esse tapete vermelho no início de sua caminhada. No Texas, onde cresceu e jogou por Tomball High, Butler teve um começo modesto. No terceiro ano, tinha média de apenas 10 pontos. Melhorou bastante no último, quando virou capitão do time, anotando 19.9 pontos e 8.7 rebotes de média por jogo. Pouco para dar ao ala uma chance de ser escolhido para o All-Star do basquete colegial.
Jogador que mais evoluiu na temporada 2012-2013 e a caminho de seu sexto All-Star Game, Paul George começou a jogar basquete de forma organizada apenas quando chegou ao colegial, em Knight High School, Califórnia. Apesar disso, no terceiro ano, ele já tinha as responsabilidades de um titular e defendia o time do quarto ano. Ganhou prêmios locais, chegando ao último ano com médias de 23.2 pontos e 11.2 rebotes. Não foi o suficiente para PG13 conseguir a atenção das grandes universidades. Não foi o suficiente para o uma seleção para o All-Star do colegial. Acabou na modesta Fresno State.
Damian Lillard começou no basquete colegial, na mesma instituição que produziu Jason Kidd, na Califórnia. Mas não conseguiu se firmar na rotação da equipe. Foi para Oakland High School, onde explodiu, com médias de 19.4 pontos no terceiro ano, e 22.4 no último. Ficou fora do radar das grandes universidades e aceitou uma oferta de bolsa da pequena Weber State. Lillard também não foi para o jogo que reuniu os melhores do high school. No entanto, deu a volta por cima e foi a sexta escolha do draft de 2012.
Em sua passagem pelo basquete colegial, Klay Thompson atuou na Califórnia e no Oregon. Não brilhava muito até que no último ano, em Santa Margarita Catholic High School, atingiu a ótima média de 21 pontos por jogo, numa temporada em que sua equipe venceu 31 jogos e perdeu apenas 5.
Num dos jogos de mata-mata local, bateu o recorde de bolas de três em uma só partida (7), foi MVP do campeonato, jogador do ano em sua divisão, mas não entrou no bonde do All-American Game.