13/04/2020 às 23h38min - Atualizada em 13/04/2020 às 23h38min

Milho segunda safra: veja a previsão do tempo para o restante de abril

Em Mato Grosso do Sul, a falta de umidade está retardando o semeio e cerca de 25% da temporada deve ser cultivada fora da janela ideal

Ab Noticia News
Por Pryscilla Paiva, de São Paulo Canal Rural
Foto: Pixabay

A falta de umidade está atrasando o plantio da segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul. Alguns produtores acreditam que 25% da temporada será semeada fora da janela ideal. Enquanto isso, nos vizinhos Mato Grosso e Goiás, os trabalhos de campo já foram encerrados.

 

Uma nova frente fria está a caminho do Sul, mas a precipitação será mais irregular no Centro-Sul do Brasil, segundo a previsão do tempo. O acumulado será mais elevado somente no norte de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, com volumes acima de 40 milímetros. Por outro lado, entre o Rio Grande do Sul e o centro dos estados de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, a chuva será mais fraca e irregular.

Ainda assim, a tendência é de aumento na umidade do solo. Mas ao aplicarmos a elevação à ao índice de água disponível atualmente, percebemos que ela não será suficiente para alcançar o mínimo favorável ao desenvolvimento das plantas, sobretudo no norte do Paraná.

O sistema frontal será seguido por uma nova massa de ar de origem polar, que derrubará a temperatura no meio desta semana. “Nas áreas mais elevadas de Santa Catarina e do Paraná, há previsão de geadas, mas que não atingem áreas produtoras de milho safrinha ou café”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.

 

Mais ao norte do país, a chuva forte e abrangente prosseguirá com acumulado acima dos 100 milímetros em sete dias no norte de Mato Grosso, Rondônia, Pará, norte de Tocantins, Maranhão e o centro e sudoeste do Piauí. A precipitação mantém elevada a umidade do solo e favorece o desenvolvimento do milho safrinha, especialmente em Mato Grosso.

Em Salvador, a chuva forte prosseguirá até a terça-feira, 14, enfraquecendo posteriormente. “Pensando-se em dificuldades do embarque de grãos, o problema vai migrar do porto de Salvador para o porto de São Luís, onde o acumulado de sete dias oscila entre 100 e 150 milímetros”, diz Oliveira.

A partir de 20 de abril, a previsão do tempo espera por uma nova frente fria sobre a região Sul, mas não há previsão de grandes acumulados diários. Na soma de todos os dias, o valor de mais de 50 milímetros pode enganar indicando término da estiagem no Sul, o que ainda não acontecerá.

Além disso, percebe-se a chegada do período mais seco ao interior da Bahia, nordeste de Goiás, boa parte de Minas Gerais e interior de São Paulo. Vários municípios receberão menos de 20 milímetros em nove dias, indicando o término do período chuvoso. Por um lado, o enfraquecimento da chuva favorece o desenvolvimento do algodão, mas por outro preocupa produtores de milho safrinha que instalaram a lavoura mais tarde neste ano.

 

Apesar do enfraquecimento da chuva no interior da Bahia, a precipitação volta a se intensificar no porto de Salvador neste período. Aliás, há previsão de chuva forte no leste e norte do Nordeste e o retorno da chuva para o leste da região indica a reta final da colheita e o início do desenvolvimento da nova safra de cana-de-açúcar.

Por fim, a chuva prosseguirá nos dez dias de abril sobre o sudoeste de Goiás, nordeste de Mato Grosso do Sul, boa parte de Mato Grosso e região Norte.


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