30/03/2020 às 19h48min - Atualizada em 30/03/2020 às 19h48min

Manifestação contra isolamento social reúne poucos carros

Durante a concentração, que aconteceu em frente do antigo Aeroclube, no bairro da Boca do Rio, um pequeno grupo fazia protestos, também fora dos carros

Ab Noticia News
Tribuna da Bahia, Salvador
Romildo de Jesus / Tribuna da Bahia

Mesmo contrariando as orientações das autoridades governamentais, na manhã deste domingo (29), foi realizado uma carreata contra o isolamento social determinado pelos órgãos de saúde, que visa a diminuição do contágio pelo novo coronavírus. Durante a concentração, que aconteceu em frente do antigo Aeroclube, no bairro da Boca do Rio, um pequeno grupo fazia protestos, também fora dos carros.

Com a presença da Polícia Militar da Bahia, os manifestantes protestaram contra as medidas do governo do estado e da prefeitura de Salvador. “Acho que devemos ter cuidado com as pessoas idosas e as do grupo de risco. Essas devem com certeza ficar em casa. Por outro lado, não posso deixar centenas de famílias sem emprego e sem salário por conta de medidas exageradas dos governantes. Estamos aqui pelo trabalho e pelo emprego das pessoas”, declarou a comerciante Raquel Santos.

O Ministério Público do Estado da Bahia, recomendou ao Secretário Estadual de Segurança Pública do Estado da Bahia, Comandante Geral da Polícia Militar e Delegado Geral da Polícia Civil, medidas para controlar a “Carreata Não Para Salvador”.

A Polícia Militar acompanhou a manifestações, desde sua concentração, evitando que os condutores e passageiros saiam dos veículos e se concentrem em determinado local, com quantidade superior a 50 pessoas, bem como reuniões, passeatas e atos de qualquer natureza, que gerem a aglomeração proibida pelo Decreto estadual n. 19.529, de 16 de março de 2020, Decreto Municipal nº 32.280, de 23 de março de 2020, do Município de Salvador.

Desse modo, alguns manifestantes disseram que estavam tranquilos com a companhia da polícia. “Nossa intenção não é fazer baderna nem desobedecer às leis. Estamos convocando a população para agir contra outra doença que está próxima de todos nós, o desemprego”, falou Eraldo Correia, que estava na concentração da carreata.

O prefeito a capital também foi contra a ação, afirmou que este é o momento das elites brasileiras se preocuparem com a saúde dos mais pobres, que serão os mais afetados caso o isolamento social deixe de acontecer.

“É muito fácil para essas pessoas irem às ruas em seus carros, protegidas, pedir que os outros vão andar de ônibus, se expondo nas estações. Eu acredito que nesse momento os mais ricos, a elite brasileira, precisa ter a consciência de que tudo que estamos fazendo é para proteger os mais pobres, para que o vírus não se espalhe nos bairros periféricos”, disse ACM Neto.

Apesar das críticas, Neto não proibiu a realização da manifestação, já que o movimento declarou que iria cumprir as normas definidas pelo município, que são de que não haja mensagens sonoras e que os participantes são saiam dos seus carros.


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