03/02/2019 às 12h19min - Atualizada em 03/02/2019 às 12h19min

Acidentes com escorpiões têm queda de 62% em Salvador

Os dados foram divulgados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que contabilizou 38 ocorrências ao longo de 2018, contra 61 em 2017

Tribuna da Bahia, Salvador Jordânia Freitas
Reprodução/BBC

A capital baiana apresentou, em um ano, uma redução de 62% no número de acidentes com escorpiões. Os dados são do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde, que contabilizou 38 ocorrências ao longo de 2018, contra 61 em 2017. O levantamento do órgão apontou maior a incidência dos aracnídeos em 47 bairros da cidade, com destaque para Boca da Mata, Canabrava e Itapuã.

De acordo com o CCZ, período de chuva, desmatamento e época de reprodução, que acontece entre janeiro e fevereiro, são as principais causas de aparecimento dos animais. Também houve queda de 76% no número de animais capturados, de 91 em 2018, para 383 no ano retrasado.

Em contrapartida, 207 notificações da presença de escorpiões foram registradas no ano passado em Salvador, enquanto em 2017 o centro catalogou 138 aparições, o que corresponde a um aumento de 50% nas notificações.  

Bahia

O número de acidentes com escorpiões no estado também caiu. A baixa foi de 21.221 notificações em 2017, para 15.388 ocorrências em 2018, segundo informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Centro Antiveneno (Ciave) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

O diretor do Ciave, Jucelino Nery, lembrou que o animal se adapta facilmente ao ambiente doméstico. Além do período de reprodução, problemas de saneamento básico, acúmulo de lixo ou de entulho, bem como períodos de estiagem ou chuva prolongada podem contribuir para o aparecimento dos escorpiões. 

Segundo o especialista, em caso de picada,  é preciso lavar o local apenas com àgua e sabão e procurar uma unidade de saúde , preferencialmente de urgência ou emergência, imediatamente. "O tempo entre a ocorrência e o atendimento médico é muito importante, principalmente quando se trata de crianças abaixo de sete anos de idade. Elas são mais sensíveis, então o veneno oferece um risco maior para as crianças do que para adultos", pontuou Jucelino Nery.

Caso a vítima consiga capturar o escorpião, levá-lo consigo para a unidade de saúde é importante para ajudar o médico a identificar a espécie. Uma forma segura de aprisionar o animal é posicionando um pote de vidro por cima dele e, com a ajuda de uma folha de papel, direcioná-lo para o interior do recipiente. 

Ainda segundo Nery, nem todo caso de picada de escorpião requer o uso de soro antiescorpiônico. Muitos pacientes recebem apenas medicamentos para alívio da dor no local. No entanto, só um médico será capaz de avaliar a necessidade de uso do soro.

Prevenção

Manter quintais, jardins e terreno baldios limpos, não acumular lixo doméstico nem entulho, fechar as frestas das portas janelas e ralos, examinar bem roupas e calçados antes de utilizar, manter berço e camas afastadas das paredes, além de desinsetizar a casa para evitar a presença de baratas são algumas das medidas preventivas que podem ser tomadas para evitar o aparecimento de escorpiões.

 

 


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