19/03/2020 às 12h11min - Atualizada em 19/03/2020 às 12h11min

Jorge Solla pede à Justiça que proíba “festinha” de Bolsonaro

Jorge Solla ingressou com uma ação na Justiça Federal com pedido de medida cautelar que proíba o presidente Jair Bolsonaro de realizar a "festinha” prometida

Ab Noticia News
Por: Henrique Brinco Tribuna da Bahia, Salvador
Reprodução

O deputado federal Jorge Solla (PT) ingressou com uma ação na Justiça Federal com pedido de medida cautelar que proíba o presidente Jair Bolsonaro de realizar a "festinha" prometeu, em entrevista nesta manhã, para comemorar o seu aniversário, no sábado (21). O petista baiano pede que seja fixada uma multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento de decisão judicial. Em entrevista à Rádio Tupi, Bolsonaro disse: "Vai ter uma festinha tradicional aqui, né. Até porque eu faço aniversário no dia 21 e a minha esposa no dia 22. São dois dias de festa aqui [risos]".

O parlamentar fundamentou o pedido na Lei nº 13.979/2020, de autoria do próprio governo Bolsonaro, que trata das regras para isolamento e quarentena, em casos de pandemia em saúde pública, além da Portaria Ministerial nº 05/2020, editada nesta terça, que autoriza o uso da força policial para forçar indivíduos suspeitos de contaminação a ficar em isolamento ou quarentena.

“O fato de o Réu ser o Presidente da República, só torna mais grave o seu dever de cuidado para com a comunidade, do qual não é dado a ninguém se escusar, muito menos ao chefe do Poder Executivo, este sob cuja autoridade estão sendo emitidas as necessárias normas de contenção sanitária”, diz trecho da ação.

“Percebe-se que há um descumprimento de normas de segurança, sanitárias, administrativas e criminais pelo Presidente da República, o que não pode passar despercebido, tampouco esquecido, devendo este se adequar a todas as orientações médicas exaradas pelo Ministério da Saúde em prol da saúde coletiva de todo os cidadãos brasileiros”, completa.

Ainda na entrevista, Bolsonaro se antecipou e jogou a responsabilidade pelos números pífios aos chefes dos Executivos estaduais. Segundo ele, as ações implantadas em vários estados, como a suspensão de determinadas atividades, vão se traduzir nos índices da economia e prejudicar os trabalhadores informais, que não terão dinheiro para se alimentar corretamente e ficarão ainda mais expostos à covid-19.

"A economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam a taxa de juros lá embaixo, a confiança no Brasil, a questão de risco Brasil também, então estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria e alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia", disse o presidente.


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