27/01/2019 às 13h05min - Atualizada em 27/01/2019 às 13h05min

Marisqueira é morta ao buscar marido na casa da amante no Subúrbio

Vítima foi até a casa da agressora tirar satisfação e acabou atacada; suspeita fugiu

Tailane Muniz [email protected]
Rita de Cássia, 50 anos, foi assassinada ao buscar o marido Ronaldo na casa da amante, diz filha do casal (Foto: Leitor CORREIO)
Há cinco meses, a marisqueira Rita de Cássia Amorim de Menezes, 50 anos, havia descoberto uma relação extraconjugal do marido, o pescador Ronaldo da Cruz Santos, 48. Nesta sexta-feira (25), ao resolver ir até a casa da suposta amante do companheiro tirar satisfação, acabou morta.

O crime, que aconteceu no bairro de São João do Cabrito, Subúrbio Ferroviário de Salvador, segundo familiares, foi presenciado por Ronaldo – que teria negado socorro à vítima. A informação é da filha do meio do casal, a confeiteira Adriana Menezes Santos, 28. 

Segundo ela, que tem outros três irmãos, filhos de Rita e do pescador, os pais estavam juntos há 34 anos e moravam no bairro de Plataforma, também no Subúrbio.

Familiares não sabem dizer qual foi a arma utilizada para matar a marisqueira – se uma faca ou outro objeto perfuro-cortante.

Rita chegou a ser socorrida por moradores da rua da amante de Ronaldo, identificada pelos familiares da vítima como Carine da Cruz, que tem cerca de 30 anos. A marisqueira, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde deste sábado (26).

“Os vizinhos disseram que ele disse: ‘deixa ela morrer aí’. Como ele pôde fazer isso? Negar socorro a uma pessoa com quem ele dividiu a vida por tantos anos? Eu só quero uma explicação para isso, quero entender”, disse Adriana à reportagem, na manhã deste domingo (27).

Adriana afirmou, ainda, que o pai chegou a ir em casa depois do crime, onde passou a noite. “Como estávamos todos no hospital, ele dormiu aqui. Encontrei com ele ontem (sábado), bêbado, e agora está pela vizinhança perambulando. Ele disse que não sabe onde ela [Carina] está”, comentou. Ronaldo não foi localizado pela reportagem.

A filha da vítima comentou que a mãe tinha “obsessão” pelo marido, e que já havia ido atrás de outras mulheres, em outras oportunidades.

“Ele não era agressivo com ela, nem nada, mas era muito cheio de mulher. Ninguém entendia aquele amor dela. A gente chegou a pedir pra ele sair de casa, mas nunca saiu e agora acabou nisso”, lamentou a filha.

A suspeita do crime já foi vizinha do casal, em Plataforma, e havia se mudado para São João do Cabrito, onde Ronaldo era visto constantemente, de acordo com a filha.

“Minha irmã foi até ela [Carine], na casa dela, e ela disse que meu pai só queria ela pra encher a geladeira dela de cerveja”, acrescentou.

Por meio da assessoria, a Polícia Civil informou que ainda não tinha sido notificada da morte da mulher. O crime vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Além dos quatro filhos, Rita deixa também dez netos. A família está, agora, buscando vaga no Cemitério de Plataforma, onde pretendem enterrar a mulher. O corpo permanecia na manhã deste domingo no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR), nos Barris.


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